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Segunda (Quarta) do Throwback - #31
Olá oláaaaaa. Estamos aí com mais um QdT de Halloween. E já que estamos, finalmente, indo ao ar, deixa eu explicar pra vocês rapidão o breve surto da mente da criatura que vos fala:
Tivemos duas semanas de outubro sem QdT, por motivos que vão desde simplesmente não conseguir terminar de escrever (eu escrevia, escrevia, escrevia e tinha duas linhas só), coisas da vida que me faziam parar aqui pra ir arrumar lá e até ficar gripada com direito a febre e tudo mais. Eu poderia apenas seguir a vida e mudar meus planejamentos, porque eu sempre planejo tudo quando tô animada e isso, na maioria das vezes, termina em problema porque não mantenho a animação pra fazer tudo que teoricamente consigo fazer? Sim. Mas eu sou louca. E é mês de Halloween e eu vou sim aproveitar o que der e como der.
Então, cá estamos, com QdT aparecendo fora da quarta-feira. O tempo não é real e eu simplesmente não sou obrigada. Be crazy, be stupid. Aqui o resumo da ópera pra vocês! Nem precisava desse textão todo aqui, mas vamos seguindo o coração que quis digitar tudo, TMI nosso de cada dia. Então, o plano é postar hoje, amanhã e quarta, com o último na fé saindo na data certa. Na verdade tudo é um grande na fé que sai, mas enfim. Seja grande ou vá pra casa, e talvez eu deveria ir pra casa, mas sagitariano não tem noção do perigo! Então é isso ai.
Bora finalmente pras músicas de hoje que são patrocinadas pelas minhas saudades de EXOVIXX, então temos ai os dois falando do mesmo tema com seus bops e outras músicas que também são super bops.
E por falar em bops, já viram o cover de Wild Flower do meu filho Jongho? Porque deviam. Sim, estou vivendo nesse cover. Vão ver. Obrigada. E menino San mandou um dance cover de Warriors e vocês são obrigades a ver também. Bjs.
Mais alguém descobriu por esses tempos que esse meme não é o Lino no SKZ mas sim o Jun do SVT? Só eu? Tá ok.
VIXX – Hyde
Aqui o VIXX inventou Jekyll & Hyde — aka o O Médico e o Monstro — tal qual fez o conceito de terror dançante. Incrível como eles são os reis do conceito do k-pop, né? Saudades VIXX.
ENFIM, talvez você já tenha visto algo de Hyde, porque os primeiros stages dessa música serviu o icônico stage com batom preto que assombra todos os integrantes até hoje, mas que ocasionalmente ainda aparece aqui e ali em alguns vídeos sobre momentos icônicos do k-pop. É tão… camp.
Utilizando o conceito e bem e mau de Jekyll & Hyde, VIXX vai passeando por momentos de terror como cobras, aranhas e larvas aparecendo ocasionalmente no MV (então fica ai o aviso) pra simbolizar seu lado malvadinho, que coloca em perigo a crush, que meio que sem querer deixou nossos queridos vixxzinhos abuble das ideia (que é onde o lado mauzinho deles aparece). Romance saudável nunca foi a deles, gente. Zero novidades aqui. E tecnicamente não é culpa dela, mas enfim.
Toda essa luta entre o lado emo gótico abuble (Hyde) e o lado good boy (Jekyll) vai se desenrolando não apenas no visual do vídeo, mas também pela letra que vai passando pela aceitação do lado negativo (“há uma pessoa louca dentro de mim” e “eu sou jekyll e hyde”), a negação desse lado (“é impossível que eu tenha dito essas palavras, é impossível que eu vá te deixar” e “há alguém que não sou eu dentro de mim”) até a eventual conversa entre os dois lados da moeda, com o método de fala-resposta, utilizando aqui principalmente os integrantes com registro mais baixo falando não me deixe/me deixe e eu te amo/eu te odeio.
O refrão com nossas Maria Gritadeia fica ali no pedido de amor por favor (não desligue o telefone) eu sou do bem não fique assustada. Mas a falta de controle é frisada em diversos momentos, e né… It be like that.
Tudo isso dentro de uma música de batida agitada e mais dance, que é pra você performar dramaticamente na sala de casa ou com a vassoura (já fiz e recomendo). O refrão com suas rimas nas palavras dá o chiclete que ela precisa, além do just can’t control repetitivo no pós-refrão. E, claro, não tem como não mencionar o Ravi no começo, porque é simplesmente perfeito o started from the bottom but we just doing it now. Palavras motivacionais. Vão ouvir. Obg.
Dreamcatcher – BEcause
Essa aqui é uma das maiores da carreira delas e não aceito discussão. Não confio em quem não gosta de BEcause. Temos conceito inspirado em Nós do Jordan Peele, ou seja, gêmeos/clones do mal, Ruth e Raquel. Temos risadinha do mal. Temos caixinha de música encapetada. Temos pianos usados de maneira spooky. Temos sinos de vento no instrumental. Temos música de Psicose. Temos Fur Elise. COMO NÃO GOSTAR DESSA MÚSICAAAAAAAAAAAAAAAA. AAAAAAAAAAAA.
Ai gente apenas bom demais, essa música é uma experiência. Vão ouvir. Posso falar sobre a suspensão da ponte que deixa tudo tão obscuro até a entrada das cordas e o drop pro último refrão. Posso falar da técnica drum n’ bass (bateria & baixo) meio trap do rap da Dami junto do toque de Psicose. Posso falar do rock mais pesado no pré-refrão enquanto a Sua implica que mozão morreu e já até ficando azul. Posso falar de Jiu vibes de vampira. Mas ler não vai dar a emoção, então você precisa ouvir pra entender. Não vai se arrepender, é um BOP.
A música vai variando na velocidade e até na sonoridade, mas a caixinha de música assombrada aparece praticamente nela inteira e é simplesmente perfeito. É um conceito bem completinho aplicado em todas as esferas, desde a música em si até as roupinhas de boneca que elas usam. A coreografia é outro show a parte, não só com momentos muito satisfatórios de se ver dentro da dinâmica de sete integrantes, mas também porque ela é bem carregada por expressões faciais. E É A ERA DA GAHYEON!! VEJAM A MINHA FILHA!!! UM ÍCONE PERFEITO CRISTAL LAPIDADO!! LOOK! AT! HER! Lindíssima com esse cabelo vermelhão também. Ela serviu demais aqui. E, como dá pra ver pela thumbnail, temos menina Gahyeon indo pra enforcar a Jiu, então sabe! Bom demais. E isso rola literalmente nos primeiros segundos da música, Deukae sabe o que o povo precisa.
É um bop, gente. Um bop. Um hino. Apenas vão ouvir e viver esse momento. Inclusive, curiosidade importante que adiciona ao conceito: o BE ali em because tá em caps lock porque ele representa o caractere chinês 悲 (bei) que significa “triste/tristeza”. Não consegui achar essa fonte e não lembro direito, mas se não me engano elas também simulam esse caractere na coreografia sempre que ele é cantado, que é basicamente aquele movimento dos braços cruzados em cima da cabeça no refrão.
Kingas demais. Amém.
EXO – Jekyll
Já tivemos Hyde, então agora é hora de Jekyll. Nomes diferentes em músicas diferentes, mas que no meu coração tem o mesmo final. Enfim. Inclusive, embora eu faça comparações aqui entre elas, saibam que adoro as duas (jekyll ganha um pouco desculpa vixx mas this fucking song!!!) e exovixx são brothers o Baekhyun já até passou a mão nos peitão do Hongbin então assim!! sem competição! obg! (e eu falei pra caralho aqui viu, perdão).
Se você sentiu falta de uma obscuridade maior em Hyde, ela tá toda aqui em Jekyll — o que é bem engraçado se você considerar o nome — porque o rolê da vez é a briga com si próprio, e não um pedido dolorido pra mozão não te abandonar. É a conversa entre o Jekyll e o Hyde. No caso do EXO, é a luta por controle entre EXO e X-EXO, a contraparte do mal deles que aparece em Obsession (e em outras partes da teoria deles, se não me engano? só lembro dos poderes, preciso reler as coisas da lore do EXO).
O EXO foi tão pau na mesa aqui, que você precisa prestar atenção nela pra entender tudo e captar os detalhes que vão criando a música. De maneira geral, acredito que o refrão pegue a galera desprevenida e é por isso que gente fraca (não confio em quem não gosta dessa, não ligo) acaba desgostando desse hino, mas na segunda ouvida já dá pra acostumar com a entrada. A ponte é perfeita, os vocais obviamente são ótimos e os sintetizadores aqui são do balacobaco. Mas o prêmio claramente vai parar os vocais.
Como não tem MV ou qualquer coisa visual pra deixar as coisas mais claras (como Hyde), o conceito de O Médico e o Monstro, o bem e o mal, Ruth e Raquel, aparece em peso no vocal. Óbvio que as distorções pontuais dos sintetizadores, a flutuação do som entre um fone e o outro, as batidas crescentes e decrescentes, a reverberação e tudo mais fazem parte do conceito, mas o vocal é outro nível. Eles harmonizam com eles mesmo, às vezes com uma edição pra deixar o tom do fundo mais baixo, às vezes com uma reverberação aplicada em cima do vocal. A luta entre o EXO e o X-EXO tá todinha na produção vocal e no jeito que eles cantam.
Embora o Hyde na história seja mais voltado à violência, o Hyde dos X-EXO trabalham na base da sedução. Aquela sedução perigosa meio vampiresca, sabe? É até por isso que essa música tem uma vibe levemente de vadia criminosa. Você sente que algo de errado não está certo, mas não tem como largar dessa vibe que vai te puxando cada vez mais. É isso que X-EXO faz. Eles vão aparecendo em todas as partes mais suaves, em repetições (aquela harmonia do próprio integrante que falei ali em cima), vozes no fundo da música (e da mente do EXO) que vão aos poucos conquistando sua presa. Quando Baekhyun e Chanyeol cantam “it’s do or die for me” é meio que de verdade. A música começa com EXO sendo contra a presença detectada dos X-EXO, mas eles seguem ali, o pesadelo prestes a fincar suas garras neles. É por isso que o refrão é tão alto e talvez meio desproporcional, é o EXO falando consigo mesmo porque eles precisam acordar e sair dessa sedução dos X-EXO.
O Chen é o maior cachorro (com todo respeito) nessa música. Como que PODE um vocal assim. Ele é um dos grandes momentos de suavidade perigosa dos X-EXO. Se ele manda “Why do you push me away?” eu simplesmente obedeceria, é isso. Mas enfim, inclusive, nessa parte suave do fim do refrão a sequência da frase do Chen é “I’m already inside you, I control me”. E SABE!! Ai como são conceituais. Enfim a segunda parte da música chega e a rinha entre os dois lados segue, mas o negócio começa a complicar. O Chen ataca novamente e manda “feels like a dream, immerse into the deep inner self” e no meio de cada frase tem o próprio EXO gritando consigo mesmo. É literalmente “feels like a dream (WAKE UP)", immerse into the deep inner self (OH NO)”. O instrumental aqui tem mais batidas antes do drop do refrão.
E não acaba por aí porque vem a ponte E A PONTEEEEEE. Que ponte deliciosa, puta merda, maior gif do Bob Esponja flutuando. Ela é muito boa. Parece muito que é a tentativa final dos EXO, porém o último refrão tem uma voz calma por cima, o que sempre me faz pensar que talvez eles não venceram essa briga. Mas não confiem totalmente em mim nessa. Entretanto, é de se pensar que escolheram deixar uma linha vocal mais suave por cima do que era um refrão desesperado. E quem canta calmamente, de uma maneira cínica, não é o EXO.
Enfim, galera. Textão, né? Mas grandes conceitos. Grandes bops. E ainda dá pra rebolar. Serve y serve, obrigada por tudo EXO e o grande álbum Obsession.
Billlie – Ring x Ring
Depois de sem querer mandar três conceitos Ruth e Raquel das ideia em sequência, vamos mudar e ir pra uma amiguinha indo de base. Ou talvez não. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu com Billlie Love. Talvez nada tenha acontecido, porque também todo mundo é a Billlie. Não me perguntem a lore delas, não entendo. O importante é que o princípio da teoria é que na 11ª badalada do relógio do 11ª dia do verão alguém é levado por uma entidade misteriosa. Nada como um sequestro com entidade misteriosah cheia das maracutaia na época do halloween, não é mesmo? No debut elas também soltaram dois trailers (1 e 2) com pitadinhas de terror, culpa católica e muita viadagem. É disso que o povo gosta. Amém.
O MV da música segue a teoria e meio que dá pra entender o que acontece ali, pelo menos até chegar a parte do sótão, então aproveita que vai ser só nesse momento que você talvez entenda algo. Ou não, por que acredito que vocês são mais inteligentes do que eu. Enfim. Aproveitem o MV porque a música… Ah, essa música é um momento. Talvez seja um pouco tarde, mas preciso avisar vocês que essa música é alta. Vai tocar o sino, a corneta, a vuvuzela, a buzina. Ring x Ring vai na sua cara. É.
Ring x Ring é uma música que precisa de tempo pro seu cérebro entender o que ela é. Eu gostei desde a primeira ouvida, mas ela vai melhorando cada vez que toca. Provavelmente porque você se acostuma com a zona organizada desse instrumental. Sei lá, é apenas uma música boa que eventualmente te conquista caso já não o tenha feito. Tem sinos no instrumental, tem várias camadas de sintetizadores e alguns deles são distorcidos. A ponte é alta com uma crescida deliciosa de instrumental pro dance break. E os sinos são meio assustadores, viu? Creepy sim.
Além dos sinos estranhos, a letra e os vocais também dão momentos bizarros. O nanana já é um clássico de terror, e aqui não é tão diferente. E a música já começa com a Siyoon perguntando “is she dead dead?” e depois a Sua pergunta “is it blood blood?”. Super casual. Pois é. As gatinhas são ótimas vocalistas e rappers inclusive, e o refrão de come find the miiiiiiiiiiiiiiiiiiiiissiiiiiiiiiing eventualmente gruda na cabeça. Um beijo pra querida da Suhyeon, inclusive, espero que a princesinha esteja bem.
A coreografia delas é bem dinâmica e aproveita bem o número de integrantes, que depois das primeiras apresentações mudou já que a Sheon entrou (ninguém entendeu esse momento da Mystic, enfim). Elas se desdobram entre grupo inteiro e units que também se alternam, dão destaque pra todas as meninas (o que balança um pouco a falta de linhas pras japonesas), a Tsuki brilha no dance break e também tem alguns momentos de terror na dança, com algumas linhas puxando mais pra ilusão de distorção de corpo, tipo o Pixy em Bewitched. Um debut de milhões de um grupo de bilhões, stan talent, stan Billlie.
Jun – Limbo
WELCOME TO MY! LOST! WORLD! Ainda sou perfeitamente normal com essa música de vampiro vadia do Jun. Super normal. Hahahahahaha [grita no travesseiro]. Acho que o post começou a morrer aqui porque não vivi mais depois desse tiro porrada e bomba do querido Wen Junhui. Meo Deos.
Enfim, que bop né minha galera? Que bop. Quem em sã consciência COMEÇA uma música usando raspy voice e diz “Listen. I’ve been looking for the love. I wanna hear your voice. You know what I mean?” NÃO JUNHUI EU NÃO SEI O QUE VOCÊ QUER DIZER PFVR CALA A BOCA. SILÊNCIO. Foi um erro deixar essa música aqui, pois não sou capaz de ter pensamentos coerentes. Perdão pela situação de cadelinha ai, galera. Enfim. ENFIM. Não sei. Depois de tantas baladas o Jun já sabe exatamente como usar o vocal que tem, então não é uma surpresa que as estrofes sejam mais suaves.
Mas, como contraste e algumas marcações são importantes, as estrofes são suaves em total contrapartida com a distorção vocal vinda do inferno que diz que agora estamos presos no limbo. E ai, pá, drop do refrão e o tom da música subindo. E o welcome to my lost world e o do you want me to set you free são bem chiclete, assim como praticamente todas as partes em inglês da música. Principalmente o pós-refrão que volta a apostar no vocal mais grave e repete o a dream in a dream, sweet dream. A ponte é mais sonhadora, voltada para aquela suavidade das estrofes antes que o último refrão exploda. A verdade é que caímos no limbo, viramos vampiro, sei lá o que ele quer de mim, mas acontece. Você negaria algo a esse homem? Eu não, então é sobre isso.
O MV é todo bonitão com uma fotografia bem bonita, e ele é um vampiro. Um. Vampiro. É isso. Obrigada. Os contrastes entre os sets de fundo preto e de fundo branco, que depois se misturam e viram símbolos hipnóticos. As explosões de cores na segunda estrofe com o set vermelho e as luzes da bandeira bi porque Jun é um de nós (não aceito críticas no headcanon). Tudo funciona aqui, desde transições aos jogos de câmera, não tenho reclamações. Aos estilistas os meus mais sinceros vão se foder e tomara que recebam um aumento.
E a coreografia, né? Woof. Bark bark. O Jun faz parte da unit de performance do Seventeen, então não é uma surpresa que a coreografia seja muito boa de se ver, mas é importante dizer que: que demais, ai que delícia. Aqui é um grande momento de Jun e as meninas, porque todas as dançarinas são mulheres. Tô falando que foi pra gente (bi ppl). O querido tão gostosão e cunty que foi difícil olhar pras meninas nas duas primeiras vezes que vi o MV e o dance practice. Gosto muito de como os passos de desenvolvem e da dinâmica que o Jun cria com as dançarinas, já que ou eles dançam juntos nos mesmos passos ou trabalham se complementando. Ele começa a coreografia se equilibrando nos pés delas, o refrão é totalmente de vadia indo até o chão e com a pontadinha de terror bem suave no momento da perna como se fosse algo engatinhando. E o momento com lasers é um babado.
Enfim, apenas cinema. Poetic cinema. Bom demais. Vão ouvir. Obrigada.
Pink Fantasy – Poison
Hoje é dia de rock, bebê! O Pink Fantasy investiu nesse conceito obscuro desde o debut, o que é ótimo para nós, e embora muito se compare com Dreamcatcher, não estou aqui pra isso, pois tenho preguiça da discussão. Única coisa que vou dizer sobre isso é que PF já usou screamo e Deukae não, então é nóis. (mas realmente sem grandes comparações são dois grupos diferentes, sabe? preguiça). Não estamos aqui pra dividir, e sim pra agregar, já que quem já é fã de Deukae provavelmente vai gostar do PF com seu conceito dark.
O rock na verdade apareceu mais aqui, em Poison, do que nas outras músicas (salvo Fantasy que é mais voltada pra esse lado também), mas o importante é que elas foram gigantes aqui metendo um screamo logo depois do refrão. Antes que vocês me perguntem, não faço ideia de quem é o guitarrista que faz cameo nesse MV. Mas o querido deu uma servida também, então fica ai o salve. Adoro o detalhe da música começa com pianinho creepy, que é pra já deixar o mood no ar antes da guitarra e bateria começarem a rasgar tudo e chutar portas.
O refrão e o pré-refrão são as partes que mais brilham pra mim e também onde o ritmo acelera (no refrão). As estrofes tem um instrumental mais pesado, enquanto o pré-refrão começa a ficar “mais leve” e dá espaço pra guitarra mais alta aparecer, e o refrão é bem mais melódico, quase algo puxado do metal sinfônico, com a presença do tecladinho que aparece lá no começo voltando. E também é o momento mais música de anime de Poison, então… é. Funciona. Tava querendo um k-pop pra bater cabelo? Então tá ai pra você.
A distribuição de linhas do PF sempre é meio ruinzinha, o que não é tão surpresa porque o grupo é uma zona porque a empresa simplesmente não se ajuda, mas duvido que muita coisa mudaria considerando o nível de poder da Yechan e da Seea. Não tirando o mérito do vocal das outras, inclusive da Heesun, mas a dupla dinâmica realmente dá um extra pra música e não dá pra negar. O refrão harmonizado com as outras integrantes liderando o coro, inclusive, é uma delícia.
Não sei o que acontece no MV, mas temos pitadas de Alice, rituais estranhos, capas de culto, crânios de bicho meio 666 das ideia. Então é isso ai. Não tem nada muito estranho pra ter um aviso, mas o aesthetic existe. E a coreografia! Simplesmente boa demais, vejam o dance practice. Ela é bem dinâmica e super difícil, pra ser sincera, dá uma canseira só de ver, mas ela é super satisfatória também. Os cabelos tem uma dança própria, e elas vão pro chão e voltam tantas vezes que olha… Um beijo pra elas. Elas merecem. Ainda tem os elementos de terror como movimentos mais animalescos, elas se dividem em formações espelhadas e movimentos de cascata. Apenas bom! demais! vejam!
Bônus:
KARD – You In Me
Acho que mais uma dose de (amor) obsessão doentia não poderia faltar, então cá estamos nós com esse bop do KARD que deu o que falar na época que saiu. Um MV meio obscuro, chamado You in Me, com essa thumbnail, que tem a palavra Apego escrita na entrada do hotel com certeza tinha tudo pra dar certo, né?
A letra é bem sobre aquele momento pós-breakup que você vai variando entre a tristeza e a raiva, bem mozão pfvr volte pra mim não sei viver sem você. Não é um conceito novo, mas gostei de como o KARD, os reis latinos, adicionaram os toques que eles costumavam usar da própria sonoridade aqui. Até mesmo na letra que tem dois povs diferentes da mesma história, porque o lado dos meninos é diferente do das meninas.
A batida é ótima pra se rebolar enquanto sofre, sabe? Não tem como reclamar disso. A linha toda de percussão aqui é cinema poético, e eu vivo em como o volume dessas batidas vão alternando entre alto e baixo, entrando e saindo do foco do instrumental. A reverberação e os sintetizadores da ponte é outro momento beijinho do chefe pra mim, inclusive. Adoro a batida ali. A harmonização no último refrão bem cara do KARD também é bem boa.
A ponte é onde o plot twist talvez nem tão twist assim do MV se revela, e mesmo que você já tenha previsto que algo assim aconteceria, é muito bom de ver a história se desenrolando. É uma pegada mais diferenciada também, e não é algo que eu esperaria do KARD. O contraste entre a Jiwoo controladíssima bem mais lelé da cuca e a Somin que tem lapsos, inclusive, um grande momento. Serviram, né? Serviram. Um beijo pro KARD.
Pra encerrar, um fun fact aleatório e inútil, mas quando saiu até quem não gostou muito (pelo menos no meu círculo social né) ficou com o “naui neon nae kkeo, my everything” grudado na cabeça. Faz parte, né?
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