Quarta do Throwback - #9

Existe, talvez, algo de muito irônico no fato de que já é o terceiro post de quarta que sai no dia certo e consideravelmente cedo, enquanto essas duas últimas semanas foram as que eu tive várias coisas pra fazer longe do computador (não pintem a casa crianças, é divertido na hora, mas colocar tudo de volta no lugar é a morte). Mas pelo menos algo está saindo certo, né? Isso que importa. Vamo na fé.

Bora lá pras músicas de hoje antes que a gente morra derretido nesse calor.

TFN – EXIT

Depois que peguei link de Amazon para o post de músicas ruins favoritas, Exit voltou a aparecer na minha página inicial do youtube. Ela nem é uma música tão esquecida por mim assim, mas fazia um tempinho que não ouvia e... Como essa aqui é a maior da carreira deles até agora, né? Nossa.

Eu sei que antes falei por ai que a maior era Dracula, e Exit e Dracula alternam entre o primeiro lugar pra mim. Talvez eu diga que Dracula é a maior deles quando colocar ela nessa coluna, mas hoje é sobre a maior do momento que é Exit. Ela é kinga. Essa música que poderia facilmente ser parte da trilha de Fame me pega toda vez.

Ela é uma música de vibe de filme musical, como Fame (rsrs), e é sobre aquele momento clássico em que tudo está dando errado, mas os protagonistas não vão desistir. Tem até essa vibe dramática nela com a adição do coral no fundo do instrumental. Lembro até hoje de quando fui pesquisar sobre a música pra falar no podcast. Tinha um comentário dizendo que em uma entrevista, os meninos disseram que Exit era uma "expressão de estudantes do ensino médio dentro de uma sociedade capitalista", além da letra pairar em conversas sobre violência escolar. As lendinhas mandando crítica social foda e um salve pro comunismo em uma música que veio de Fame. Como não gostar?

Ela não sai muito da esfera do noise music do TFN, mas ela é bem mais calma e não tão alta, e realmente fica mais noise só no dance break, mas ela não deixa a música intragável. Na verdade, foi um extra interessante. Ela funciona do começo ao fim, e não aceito críticas. Obrigada. O único defeito dela é a distribuição de linhas, porque obviamente o Zero e o Kio (e o Kairi, se não me engano) foram de arrasta pra cima. Mas tudo bem, porque o pré-refrão é a melhor parte da música e sabe quem canta o primeiro refrão? Meu filho Zero. É.

Enfim, ela é uma música boa, com uma coreografia ótima, e que poderia tocar em Fame. Eles se importam comigo.

CLC – Meow Meow

Às vezes furrys merecem direitos (beijo, Anne) e aqui é um desses momentos. Quase que coloco Hobgoblin aqui porque foi aniversário da kinga essa semana, mas Meow Meow apareceu primeiro na minha playlist. Elas são do mesmo mini-álbum, então tá tudo certo.

Um vídeo de performance é importante, por que é sempre importante ver gostosas sendo gostosas com coreografia e música de vadia. Às vezes é isso que a gente precisa. Não só ouvir música de vadia, mas também ser a vadia. Esse é o sinal que você, pequeno gafanhoto, estava esperando. Se liberte. Faça igual o CLC aqui e também abrace seus kinks, seduza o crush com coisa de gatinho. Sei lá mais o que tô falando.

Meow Meow é bem simples? Os melhores momentos dela é o rap da Yeeun e o refrão que repete o meow meow que, com toda certeza, vai grudar na sua cabeça. O instrumental é lá do mundinho house, e ela faz o que tem que fazer. Dá pra rebolar a raba e aproveitar. Liberte sua gatinha interior, miau, miau.

The Boyz – Merry Bad Ending

Vou começar a lançar um clima meio melancólico nesse post com as três próximas músicas, mas no fundo todas elas tem um espacinho pra ser vadia também. O The Boyz sabe disso mais do que ninguém e é por isso mesmo que eles mandaram aquela coreografia nos shows deles. Deixando essa fancam do Juyeon pra vocês entenderem o que tô falando.

Mas enfim, o que dizer de Merry Bad Ending que já conheço e considero pacas? Meu DEUS COMO É BOAAAAAA. Ela é do mesmo mini que Nightmares e às vezes eu esqueço que Nightmares existem, vocês entendem o nível? Esse é o poder de MBE. Gosto dela de um jeitinho normal. 

O maior fator pra ela ser a kinga que é, com toda certeza, é aquele pré-refrão harmonizado com dois tons diferentes de vocais. Tenho críticas quanto a distribuição de linhas? Sempre. Mas esse pré-refrão é perfeito. Poderia ser melhor se colocassem o Hakyneon e o Juyeon harmonizando com Hyunjae e New? Sim, mas tá tudo bem. O contraste é lindo do mesmo jeito. É sério gente essa parte é simplesmente perfeita, eu vivo nela.

Tem mais harmonizações pela música, tal qual diversos adlibs. Ela é toda boa, e às vezes nem parece ter a duração que tem. Tem um rap e ele não é desproporcional ao instrumental da música, e é um extra do bem que funciona. Eles são bons no que fazem. E aqui nao é diferente. 

Merry Bad Ending tem esse arzinho meio melancólico por toda sua extensão, ao mesmo tempo que ela me dá uma sensação de calma estilo paz sentindo o vento no cabelo. Foram LUZ aqui.

9MUSES – Sleepless Night

Duas palavras: Brave Sound. JAMEUN AN OGOOOOOOOO (BABY) BAENUEN GOPEUGOOOO (BABY).

Na verdade, mais uma palavra: 9MUSES. Como as gatas serviam, né? Ai ai. Sleepless Night é um melancólico que também é vadia, e principalmente: gay. Aquela história (que talvez seja fake news, mas acho ótima) de que seria sobre o relacionamento entre duas integrantes? O próprio MV? AQUELE FINAL? Cinema POÉTICO.

Falando em MV, fica ai o aviso pra quem precisar porque no comecinho tem a Minha com pílulas, e lá pros 1:18 tem encenação de botar os bofe pra fora. Talvez uma ressalva pra cena da Kyungri, mas ai não sei. Fica ai no ar, eu acho.

Mas enfim, essa é uma música dor de corno que te faz rebolar enquanto você é triste. O que é literalmente um dos melhores tipos de música. Sleepless Night é toda melancólica e triste, mas eu adoro o jeito sutil que ela vai passando entre o desespero e a apatia pelas partes da música, aquele baby sofrido que ecoa pelo instrumental, sabe? Tudo isso enquanto elas tão dizendo que não conseguem nem dormir mais pensando em mozão que mandou um o problema não é você, sou eu. Gostosas também sofrem, olha a situação delas ai.

Inclusive, Sleepless Night é impossível de se ouvir uma vez só. Ela é simplesmente boa demais pra não se ouvir de novo (e de novo, e de novo, e na terceira vez você tá fazendo a coreografia sentado).

TXT – Opening Sequence

Eu sei. Eu sei. A vida tem dessas. O importante é que Opening Sequence é um musicão, e foi a melhor música deles esse ano, mesmo que o minisode 2 seja bom. Opening Sequence é outro nível. Ela é boa tipo Frost.

O jeitinho que fiquei simplesmente fissurada nessa quando ouvi o mini-álbum, sabe? Nossa. O piano gente, O PIANO!! Hoje eu já entendi que não é sample de algo, mas o jeitinho que ela me lembra outras obras de piano é um extra do bem pra mim. Como é boa.

Desde que vi um comentário dizendo que o minisode 2 era com um "conceito" dos cinco estágios do luto, e que essa aqui era sobre negação, achei essa questão de conceito aplicado real. Ela é completamente dramática, do tipo pra se ouvir e performar na janela do carro enquanto chove fingindo que está em um videoclipe da MTV. Ela dói, tem aquela melancolia latente e algo que passa bem perto dos seus dedos, mas que você não consegue pegar.

Os meninos foram luz aqui, e a coreografia segue essa coisa dramática da música. Opening Sequence é uma power ballad com pianinho e guitarra, e achei que eles evoluíram bastante (eu nem acompanho tão de perto, só tô vendo mais coisa mesmo desde o ano passado, e eu gosto dos meninos, eles são legais). Enfim, só queria dizer que eu gosto muito dessa música. É isso.

Lovelyz – Moonlight

Saindo de toda essa sequência de músicas melancólicas, vamos pra uma mais latina e mais vadia sutil. Essa primeira edição do Queendom é a única da série Reino da Mnet que não me causou traumas (mentira, a versão pesadelo de Say No me traumatizou pelo desgosto, mas isso é conversa pra depois). A última missão de músicas novas e especiais pro programa nunca decepciona, essa aqui foi uma das minhas favoritas... Assim, acho que só não gostei tanto de duas, mas detalhes.

Meio que sem querer eu acabei deixando Moonlight como a última do post regular de hoje, depois de três músicas melancólicas da esfera dor de corno. Sabe do que a letra fala? Daquele momento de liberdade pós-fim e sofrimento. Ehehe. Conceito intensificado, acho. 

Essa sensação de liberdade ecoa pelo instrumental da música também, principalmente no refrão que começa com o "it's over I found myself" e o final da ponte que é um show de high note, aquele I've got only meeeeeeeeeeeeeeeeee é difícil de não cantar junto. Ela também passa por momentos mais baixos de vocal antes de voltar a explodir com os tons altos que praticamente todas as vocalistas do Lovelyz têm. 

Acho que ela só perderam a chance de colocar na coreografia mais desse elemento latino no fundo, que é quase uma mistura sutil de tango e salsa, mas não exatamente na sonoridade, e sim como esse elemento musical é utilizado junto da letra em momentos de vai e volta. Acho que isso aqui não fez tanto sentido, mas tudo bem. É basicamente pra dizer que queria que elas tivessem usado mais passos de dança como tango e salsa, tal qual fizeram em um momento da ponte. Enfim, um beijo pro Lovelyz.

Bônus:

VIXX – On and On

Nessa altura do campeonato, VIXX já consegue pedir umas duas músicas do Fantástico. Mas eu avisei que esse post era só uma desculpa pra falar de VIXX sempre que desse. E, nesta semana, a icônica On and On fez 10 anos. E como não mandar um salvezinho que seja pra essa kinga aqui, né?

10 anos que VIXX inventou os conceitos dark e as lentes de contato pra idols. Ok, o conceito dark já pairava pelo k-pop, mas ninguém faz isso como VIXX, então eu tenho essa licença poética. Já as lentes de contato é verdade mesmo. Muitos caminhos foram pavimentados pelo sexteto fantástico. Um beijo pra eles.

A minha curiosidade favorita dessa música nem é sobre como eles criaram a moda de lente de contato pra galera, mas sim a história por trás do conceito: Hyuk viu Twilight. É isso. HE'S JUST LIKE ME FR. E ai ele jogou esse conceito na rodinha e deu a virada de chave que o VIXX precisava, mas não sabia. Um beijo pros maiores Concept Kings. Cinema poético.

Now, V-I double X. Eles fizeram essa pra gente. Eles simplesmente falando que precisam de terapia la la la la la terapia enquanto tão mexendo o quadrilzinho? Foi pra gente, VIXX são reis acessíveis. E On and On é toda feita pra dançar também, as maria gritadeira fazendo o que tem que fazer, a frase atemporal e o Ravi sendo levemente cringe. Essa aqui é felicidade.

Por fim, mas não menos importante, além de dar parabéns pra kinga, queria mandar um salve extra pra esse stage especial que o A.C.E fez pra On and On. É impressionante o jeito que o A.C.E é simplesmente perfeito em tudo que se propõe, e não tem uma vez que eu não pense naquele tweet sobre como eles simplesmente viram o grupo que tão fazendo cover. Lendas fazendo cover de lendas. Um beijo pra um dos príncipes conceituais do k-pop.

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