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Quarta do Throwback - #33
Aaaaaaeeeeeee minha gente, chegamos aí com o último QdT de Halloween, aos trancos e barrancos, né? Mas chegamos, isso que importa. Já tá me dando 876545678 pensamentos sobre, porque no planejamento era tudo melhor? Sim, mas como sempre penso que tudo é ruim, o importante é só seguir. Muitas músicas ficaram de fora, mas na fé teremos mais QdTs pela frente (e talvez o halloween do ano que vem, né).
Então é isso ai, eu acho. Bora lá pras músicas de hoje. E Halloween vai rolar até o fim da semana. Eu vivo assim. Obrigada. Vamos fingir que esse aqui saiu no dia!
VIXX – Fantasy
Quase foi Voodoo Doll que veio pra cá, mas queria deixar essa obra de arte no mesmo post que a música que vem em sequência (outra obra de arte), então cá estamos. Fantasy é literalmente uma mas maiores e melhores músicas já feitas na história do k-pop e não confio em quem não aprecia essa obra prima. É simples assim.
Os gigantes do VIXX mandaram este hino atemporal que incorpora Moonlight Sonata do Beethoven e, assim, é simplesmente perfeito. O único defeito dessa música é que ela acaba (e a distribuição de linhas, mas detalhes). Fantasy começa já com Moonlight Sonata, e já ali você sabe que vai ser bom. O Ravi e o Leo contrastando também já é ótimo indicador, mas a medida que a música se desenrola ela só vai melhorando. Os instrumentais são reverberados e o baixo é ótimo. Tem um drop que marca o pré-refrão, que também se utiliza mais dos membros com registros vocais mais baixos, e é uma jogada do bem pra se começar a crescente do refrão. O it’s just a fantasy explosivo do refrão é bom demais.
A ponte adiciona uma camada extra pra música, porque é ali onde tem leves mudanças de instrumental, mas a leveza mais dreamy da parte vocal que em seguida é arrancada pelo rap do Ravi é só… muito boa. Apenas pain pain [coreano errado] das ideias. Todas as partes de Fantasy são ótimas, mas também existe simplesmente mágico com o final dela, onde Moonlight Sonata volta pra frente do instrumental e o vocal do Hakyeon é… tão suave… cinema poético demais. Fantasy é uma música obscura e teatral, algo perdido de um musical clássico (tipo Poto, shhhh).
A coreografia também é muito boa, mas além do vídeo de performance e do dance practice, vocês precisam ver pelo menos um stage dessa música porque o Hakyeon é um cretino maravilhoso. Um bejio pro querido. Mas enfim, o jeitinho que eles vão se dividindo em units e voltando pra formações do grupo é uma delícia de se ver, tal qual os movimentos acertados com a batida da música.
Um hino é um hino. Obrigada por tudo VIXX, saudades.
Brown Eyed Girls – Abandoned
Essa aqui!!! Ah, essa música é UMA OBRA DE ARTE. CINEMA POÉTICO. INCRÍVEL. Muda vidas. Belíssimo. Um hino.
Também não confio em quem não gosta de Abandoned. Pipipi, popopo, e daí que é uma power ballad? THIS IS ART!!! ART!!! Enfim. Sou bem normal com essa música, como deu pra ver. Abandoned é uma power ballad carregada por um piano e pelos vocais incríveis do quarteto fantástico histórico e icônico que é o BEG.
A melodia dessa música é… estarrecedora. Não sei palavras mais, mas seria algo como haunting, uma qualidade assombrosa, que te arrepia e encanta, de um jeito calmo e emotivo, sem perder a pitada obscura. É triste, emocional, um lamento fantasmagórico do qual não se pode parar de ouvir. Que você não quer parar de ouvir. O ponto do fantasmagórico, inclusive, é um movimento incrível quando você considera a história do MV (chegaremos lá). Mas enfim, vocês vão ter que ouvir pra entender e há grandes chances que vocês discordem de mim, mas é só uma melodia tristemente linda, sabe? Enfim. Os vocais carregam a música, mas o piano e as cordas, junto das reverberações pontuais, é uma combinação perfeita.
Abandoned começa suave, vai ficando suave até mais ou menos o segundo refrão, mas mesmo ali as emoções já estão se intensificando, já que o clímax da música se aproxima. Mas é essa suavidade que te puxa do começo ao fim, e você vai acompanhando o desespero e a dor crescente até o final. O rap da Miryo que inicialmente acompanha essa suavidade antes de dar uma pitada extra mais pro final, o instrumental até mesmo um pouco mais pesado. Já que ela é a antagonista da história, essa dose de ressentimento da perda ficou bom demais. Inclusive, queria que ela me chutasse. Enfim.
No comentário do vídeo tem uma explicação rápida sobre do que se trata a história do vídeo, e elas meio que explicam no próprio vídeo (as folhas com desenhos é a explicação da história): em uma vila havia três irmãs siamesas que eram consideradas bruxas, mas um homem que tocava piano para a igreja se apaixonou pela irmã mais velha (representada pela JeA). Para se casarem, a irmã precisava da aprovação das outras. A segunda irmã (Narsha) era apaixonada pelo pianista, então ela convence a terceira irmã (Gain) a aceitar o casamento. Ela aceita e a cerimônia é marcada para o dia de Halloween. Entretanto, Jack (sim, o lanterna, cabeça de abóbora, representado pela Miryo) havia se apaixonado pela terceira irmã. Jack então espalha rumores para acabar com o casamento, o que resulta no suicídio do pianista. Jack então é morto pelas irmãs. O homem que aparece no vídeo, além de brevemente representar o pianista, vê as memórias do lugar, e as três irmãs e Jack são fantasmas.
Nesse mesmo comentário, dentro das respostas também fazem uma ligação com o MV de Wonder Woman, a música título principal desse comeback delas, aproveitando não só a história como também os elementos visuais que aparecem em ambos os vídeos. É bem interessante, mas tudo em inglês, então quem quiser depois dá uma olhadinha, só clicar pra abrir o vídeo no youtube.
Enfim, apenas um grande bop melódico e conceitual de Halloween. Não tinha como dar errado, as BEG merecem sempre mais pelo nível de ícone de cada uma das divas.
VeriVery – Photo
Quem entraria aqui, na verdade, era o vídeo de performance de vampiro de Deja Vu, do ATEEZ, só pra eu falar sobre VAMPIRE ATEEZ!! na maior música de vampiro vadia deles, mas… resolvi trocar e colocar esse grande momento que foi Photo aqui. Em QdTs futuros vocês vão me ver chorando sobre Deja Vu, não se preocupem com isso, rs.
É muito importante que vocês também vejam a versão original da música, só clicar aqui no dance practice. A música por si só já é totalmente creepy, com uma sirene (não tão estridente, não se assustem com a palavra, é sério) de fundo que não te deixa esquecer que algo está errado, sintetizadores marcadinhos e reverberações que adicionam à atmosfera de assustador que a música pede. A coreografia original também é incrivelmente boa. Os VrVr são um dos melhores performers da geração, eles só não recebem a atenção que merecem. Mas eles são muito bons. De verdade, vejam a original.
O Road to Kingdom — e toda a série Reino da Mnet — serviu muito trauma, mas também muita performance boa. O que não é uma surpresa, o meu sonho de princesa é um reality saudável e do bem em que vários grupos participam e se divertem fazendo stages assim e no fim do dia todo mundo é amigo e ganha, sei lá, frango ou cupom de desconto como prêmio que a galera gosta tanto. Mas enfim. O vrvr, como meus filhos e filhos do VIXX, decidiu piorar a energia estranha de Photo e fez esse stage aí, carregado no terror. Cinema poético, galera.
Investindo mais no rock, trocando alguns sintetizadores por guitarras, eles mantiveram a sirene não tão sutil em partes do instrumental e intensificaram o baixo sintetizado e reverberado em outras. As partes mais calmas, como o pré-refrão, ficaram com toques mais metálicos de brinquedos, o que nos rendeu o grande momento do Kangmin sendo manipulado como marionete. Aqui eles também adicionaram um dance break, que foi uma ótima adição inclusive. A coreografia, na maior parte do tempo, se manteve como a original, mas essa versão pesadelo encapetada pedia por mais momentos creepy, e foi isso que eles fizeram, sem perder a sincronia de milhões. Eles não erram. Esse stage foi um momento. Photo é um hino.
E se alguém quiser informação inútil: tem um momento de close-up em um dançarino emo gótico que se enfia no meio da galera, bem creepy. Esse cara é o dançarino gostoso da ChungHa. Aquele cabeludo (que atualmente não é mais cabeludo, pra minha tristeza).
Pink Fantasy – 기기괴괴 (Tales Of The Unusual)
Deixando destacado a versão normal, mas saibam que existe uma versão zumbi com maquiagens assustadoras e tudo mais, deixando ai o link pra vocês.
Tales of the Unusual foi lançada como single especial de Halloween, então não tinha como deixar esse ícone de música de fora da lista. Não cheguei a ver totalmente sobre o que inspirou a música, mas se não me engano existe uma lenda urbana coreana por aqui (o lance sobre rosa de sharon, o sapato infantil e o cabelo), então não me perguntem sobre o que a música fala. Tudo que sei é que existe algo de estranho que provavelmente vai puxar seu pé.
Incorporando o famoso lalala meio infantilizado que é claramente uma indicação do mal já no começo (e depois no final) da música, Tales of the Unusual é um assustador dançante e chicletento. Tem um vocal masculino reverberado que aparece pontualmente no refrão que é simplesmente hilário, mas depois que a versão Feedback foi upada onde pediram pra tirar essa voz, sinto que perdeu um pouquinho do saborzinho. Então deixo aqui meu voto a favor da voz aleatória de bem desse refrão. É um terror caricato meio sessão da tarde esse momento, sabe? Bom demais. Até porque depois tem mais elementos aterrorizantes de verdade, como a voz doce da Harin na ponte e o rap mais agressivo da Seea.
É uma música muito fácil de se aprender, o ritmo gruda fácil na cabeça, então a questão de ser chiclete dela é algo que ajuda. O gigigoegoe também é chiclete. O resultado é um bop, né. Sou a favor. A coreografia também é perfeita e super dinâmica, então, sim, vocês precisam ver o dance practice pra conseguir ver tudo, mesmo que o MV seja praticamente todo de performance. O ângulo estático do dance practice te permite ver com mais clareza a pose inicial sensacional delas, além de todo aquele seguimento até o primeiro refrão que é simplesmente ótimo. Elas serviram tanto aqui, ai ai.
ONEUS – To Be Or Not To Be
Já deixando avisado que esse MV contém conteúdo sensível para sangue, tiros, sons de coração (esse meio que segue na própria música mesmo), tripofobia por uma venda de renda vazada, luzes piscantes e provavelmente mais alguma coisa que já esqueci, mas o principal é isso. Tem muito sangue, galerinha. Meio que faz parte já que eles eram vampiros aqui, mas enfim. Ah, aviso pro palhaço do Ravn também, pra ninguém assustar com o filhote de cruz credo aqui. Otário. Vou deixar o vídeo de performance aqui pra vocês já verem a coreografia em alguns dos sets do MV e apreciarem a música, que é o que importa.
ENFIM. TBONTB ficou fora do meu radar por um tempo já que o youtube não me mandava ela, mas como foi bom lembrar do quão boa essa música é. Já tinha mencionado ela mais recentemente, porque Erase Me foi a mistura dessa música com ASWE, mas enfim. É um bop, galerinha do barulho! UM BOP!! É uma colcha de retalhos com 5 gêneros diferente dentro que te faz perguntar como que pode isso funcionar. E funciona. Funciona bem demais. Que demais, ai que delícia.
Uma das minhas partes favoritas dessa música é o primeiro verso vocal do Leedo, porque ele canta tão bonito ali, sabe? Ícone demais o querido. As estrofes são mais calmas, até que o pré-refrão chega e a crescida é bem perceptível no instrumental, as batidas reverberadas e o sintetizador levemente mais pesado apenas bom demais. Mas o drop pro refrão e aí um ritmo um pouco mais latino é simplesmente? bom demais? que refrão delicioso, na moral. Aquele dead e alive marcadinhos no começo de cada refrão também, sabe? Ai ai. Incrível. O pós-refrão é outro momento diferente, mas que gruda pela repetição de to be or not to be. E A VOLTA PRO ÚLTIMO REFRÃO!!! Ai eu adoro aquela percussão, na moral. 10/10.
ONEUS manda muito bem em músicas melódicas, e mais de metade de TBONTB é assim, então deu certo. E aí tem essa pegada de menino sacode pera (shakespeare) e o conceito de vampiro e sabe!!! Eles são incríveis. O vídeo de performance já tá lá em cima e vocês precisam mesmo ver, porque a coreografia é outro momento icônico aqui. Super dinâmico, utilizaram formações com imagens (tipo o Seoho cortando a mão e os outros voltando da morte no começo), tem momentos com dançarinos de apoio, tem gente sendo jogada pelos cantos. Bom demais. Hino atemporal. Um beijo, ONEUS.
Pixy – Addicted
O que dizer da maior música já lançada pelo Pixy com direito à fadas vampiro (é no meu coração, ok!! shiu!!) e vibes de trilha sonora de Anjos da Noite? Puta musicão bom. Esse MV também tem um aviso ai pra sangue, então deixando pra quem precisar. Addicted é uma OBRA DE ARTE.
Eu gosto muito de como o efeito de reverberação é geralmente utilizado para aumentar a sensação de espaço dentro de uma música, e o jeito que esse espaço é apresentado varia, obviamente, de acordo com o resto do conceito proposto no conceito de cada música. A reverberação de INVU é completamente diferente da reverberação de Fantasy ali em cima. A reverberação em conceitos mais voltados ao terror, como foi possível ver em músicas da lista de hoje e nas outras listas, costuma ser um elemento adicionado para ecoar o perigo e o místico. Quase uma pegada de “o abismo te encarando de volta”. O uso da frase aqui é totalmente proposital, porque Addicted é muito sobre as consequências de seus atos, considerando a teoria das fadinhas sombrias até esse lançamento. Ninguém mandou jogar a amiguinha do penhasco, não é mesmo?
Visualmente, o contraste entre a traidora de sets claros e sorrisos incansáveis e as outras meninas em sets mais escuros e um leque de emoções negativas é simplesmente incrível. Esse também foi um dos melhores MVs que elas já fizeram. O set da Ella é o meu favorito, o mármore manchado de sangue e o altar de ritual (que tá mais com quem percebe que já não tem mais como voltar, um detalhe que fico meio !! sempre) são muito bonitos. A Dia vampira também tem um set interessante, e a mesa da Dajeong (esse da thumbnail) é outro grande momento. Luzes vermelhas, lugares escuros e estranhos, sombras do mal e corredores infinitos e claustrofóbicos não poderiam faltar.
Addicted foi onde elas acertam em cheio a pegada do conceito dark com o noise music da quarta geração, embora eu nem ache que essa música se encaixe em qualquer coisa de noise music 4th gen, mas enfim. Wings e Let Me Know foram tentativas que puxaram cada uma para um lado dessa corda, mas aqui… ah, aqui foi tudo bem misturadinho na medida certa. Eu simplesmente amo esses sintetizadores que se concentram no instrumental do início da música e nas partes de vocal, e que depois vão mais pro fundo, mas você ainda consegue ouvir o tã-tã-tã ali. Quando esse mesmo tã-tã-tã volta de maneira refinada, como ondas circulares na água, no pré e pós refrão é tão bom, sabe? Ai, um hino, meu Brasil. Um HINO.
O contraste vocal delas também é uma delícia, a Lola e a Satbyeol indo lá pra baixo, principalmente a Satbyeol, enquanto a Ella e a Dia estão lá em cima e a Dajeong e a Sua adicionam o doce do meio. Uma jogada de gênio colocarem a Satbyeol no pré-refrão, inclusive, a crescente pro drop do refrão feita dessa maneira baixa te pega de jeito. Na linha de comentários levemente inúteis, não sei apontar o que exatamente me faz pensar isso, mas a Lola tá numa vibe meio 2ª geração aqui, né? Talvez seja pelas roupas, ou pela porção mais hip hop nos raps dela que some um pouco na Satbyeol, mas tá ali. Achei bom, mas é algo que pensei desde o começo e não sei explicar. Enfim, enquanto eu adoro o pré-refrão pelo jeito que ele vai pra baixo, não tem como não adorar cada parte dessa música. Vocês ouviram aquela ponte? Puta merda, sabe? Boa demais.
E aqui é Pixy, então sabe o que vocês precisam ver também? O dance practice, é óbvio. A coreografia é perfeita tal qual a música. E também é assustadoramente cansativa, meu Deus. Tem de tudo e mais um pouco aqui, e elas foram luz demais mandando uma dança dessa. O dinamismo não é uma surpresa, mas a quantidade de vezes que elas se dividem e voltam pra formação de grupo é muito boa. Inclusive, mesmo divididas, elas continuam conectadas com movimentos espelhados e de cascata que montam e desmontam filas. As ilusões de óptica também ajudam nessas conexões, mas também dão um extra e pra dança e pra todo o conceito. Os elementos de terror de mãos em garras e corpos em posições estranhas estão aqui também, e não tem como não gostar delas indo pra trás no refrão, prestes a descer as escadas daquele jeito e a aterrorizar meio mundo como o Exorcista (quem viu vai entender). Meu momento favorito, além do refrão, são as posições do início e do final. É a mesma, mas com as meninas espelhadas. Queria muito saber o significado da Ella ser quem é engolida no fim, mas né… É.
Pura obra de arte, já agradeceram ao PIXY por esse hino hoje? Pois deviam.
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