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Quarta do Throwback - #12
Olá, oláaaa. Segunda quarta-feira de fevereiro já, hein? Tudo que janeiro demorou pra passar, fevereiro meteu em 2 dias, senhor amado. É por essas e outras que digo sempre que o tempo é uma construção social.
Com sorte vejo vocês essa semana de novo com um recap rápido de Janeiro, se eu tomar vergonha na cara e ouvir as coisas que saíram. Mas vem ai... Quem sabe. Mas vamos para o que interessa? Bora lá para as músicas de hoje.
tinha meme melhor? tinha. mas essa dele falando que gostou da música não deu para não usar
AB6IX – Headline
Às vezes acho que o AB6IX não gosta de mim, por que imagina mandar essa música no seu mini e ela virar minha favorita, e você não fazer nada com ela? O desperdício de um MVzinho divertido deles em uma esteira brincando de passarela. Vocês me pagam por essa, AB6IX.
Enfim, eles fizeram essa música falando que eles não andam, desfilam, são top e capa de revista. Headline é uma música de vadia, mas que não tem exatamente esse propósito. É apenas uma gostosa de divertindo, e isso atrai a atenção das pessoas. Você faz desfile imaginário dentro de casa? Essa música é de passarela. Aproveita.
O instrumental é uma delicinha que não te deixa ficar parado, ótima pra se rebolar sentado no sofá. O Woojin dá uma cantadinha aqui, e os vocais dos meninos estão ótimos, um beijo pro Donghyun inclusive. Woong não conheço, não sou obrigada (tá ótimo aqui). E o Daehwi lindíssimo como sempre. As repetições dão ainda mais efeito chiclete, e o resultado é bom demais.
Serviram. E serviriam mais SE TIVESSEM FEITO UM MV DE PASSARELA.
Cherry Bullet – Hands Up
Essa aqui é um serve e um bop, e todos que falam mal dessa estão errados. O sample de Fur Elise aqui faz até o próprio Beethoven levantar e rebolar. É isso.
É esse o texto também. Tem sample de Fur Elise. É ótima. É chiclete. Musiquinha do gás.
Enfim, ai ela é ótima. Na moral. Ela é uma experiência, então recomendo que você dê o play pra entender o que faz essa música tão pontinho de exclamação. Em todas as partes possíveis que dava pra colocar o toque de Fur Elise, eles colocaram (de acordo com o povo do ReacttotheK foram 12 vezes que o sample apareceu com aquele Toquezinho Clássico).
Agora, junta Fur Elise com batida mais moderna, algumas frases repetitivas e um refrão simples que repete Hands Up, sabe o que você tem? Um música super chiclete. A maneira que ela é construída com todos esses elementos chicletes e com a falta de duas notinhas da sequência de Fur Elise não te dá outra opção a não ser ouvir de novo. E ainda tem a surpresa dos fake drops e a ponte (eu adoro a ponte, ai). Então, assim, belos bops feitos para ficar no repeat.
BLACK6IX – Swamp of despair
O nome da música é literalmente Pântano do Desespero. O BLACK6IX era um grupo nugu que já deu disband. Dá pra entender o nível de bop dramático levemente camp disso aqui, né? Pois é. O que esperar dos nossos quase brasileiros que até votaram na eliminação da Karol Conká do BBB, não é mesmo? Um beijo para os queridos, eles mereciam mais. Essa foi a única música deles que já ouvi? Sim, porém detalhes. Sempre sou a favor de grupos nugus merecerem mais, principalmente quando eles são brasileiros por osmose.
Falando da música queria dizer que ela é, muito obviamente, dramática. Se o refrão tivesse harmonia no vocal ela seria totalmente uma música da segunda geração. Ela tem esse ar de 2ª gen de todo jeito, mas se tivesse as harmonias em coral seria 100%. O Infinite poderia ter lançado essa, você não pode me convencer do contrário.
O instrumental começa já com violinos e tambores e pratos que reverberam até que um dos rappers manda um "please baby, wake me up tonight", porque eles estão vivendo o maior wake me up (wake me up inside) deles. Depois tudo se acalma com um piano, enquanto a reverberação continua e o instrumental vai crescendo lentamente até voltar a explodir com uma bateria deliciosa no refrão.
Eu tinha brincado ali em cima sobre o "wake me up inside", mas não é muita brincadeira não. A letra é quase isso, por que a relação com mozão já começa a se esvair e a se tornar um caminho de espinhos. A situação faz com ele eles caíam em um pântano de desespero, implorando para que aquela pessoa os salvem. Como temos gente intensa fã do Raça Negra no mundinho k-pop, né? Nossa.
Às vezes eu acho que a coreografia poderia ter sido um pouquinho mais dramática, mas ela combina bem com a música até, então não tenho reclamações. Um dos meninos postou uma versão acústica com piano dela, e ela é uma delícia de ouvir tal qual a original.
Dreamcatcher – Piri
As gatinhas góticas suave mandaram essa aqui que não apenas é um salve para a Gretchen, mas que também rendeu vários memes de "toca a flautinha!". Se Sticker existe, é graças a Piri.
Piri é uma das minhas titles favoritas delas, mas também não trabalho com rankings, então é isso ai. Mas lembro quando saiu, e ai, quem viveu sabe. Eu ainda via muita coisa pelo Tumblr e participava de teoria, bons tempos. E, não, eu não faço ideia da história de Piri e no que ela implica. Eu gosto de teoria, entender as teorias já é outros quinhentos. Lembro que li sobre Piri ser um "final ruim" onde elas ficam presas eternamente dentro dos pesadelos, talvez seja isso. Não faço ideia.
Não lembro exatamente os detalhes, mas se não me engano Piri é um tipo de flauta que faz parte de lendas coreanas e que tinha algo ligado a sonho e pesadelo. Acho que tinha algo relativo a conflitos também, com essa flauta sendo tocada como aviso de conflito. Mas não confiem em mim, eu realmente só lembro sobre ser algo de flauta (se é uma flauta ou se é a tradução da palavra, já não posso opinar).
O instrumental começa já com um puta barulhão na sua cara e assovio/flauta até que entra os vocais e a guitarra. O pré-refrão dá uma suspendida e tem um pianinho suave, até que o refrão vem com aquele "pirireul bureora" antes do instrumental voltar com tudo. Inclusive, ele é dividido em duas partes e uma é mais vazia que a outra nos vocais, mas a bateria preenche as lacunas não cantadas. O pós-refrão é o ápice do chiclete com aquele piri-li-li-li-li (emergency emergency).
A ponte é maravilhosa, inclusive. E meu salve final é pra rapper Gahyeon, porque rapper Gahyeon é importante sempre. Obrigada.
SF9 – Like The Hands Held Tight
Às vezes eu esqueço o quanto gosto dessa música, então estou aproveitando esse espaço para dizer: eu adoro essa música. É outra que até hoje não tem um MV sendo que deveria ter? Sim. Mas fazer o que, né? Assim fica difícil segurar sua mão, SF9.
Like the hands held tight é uma grande música de gostosa sofredora. Dor de corno. Você passou por um término recente e tá por aí jogado pelos cantos abandonada por você? Essa aqui é uma nova música para sua playlist de choro. O SF9 tomou um pé na bunda e resolveu fazer a tristeza deles problema de todo mundo. E tá certo, é assim que a gente ganha música dramática de término.
Não tem muita coisa acontecendo aqui, o instrumental beira o acústico e você consegue ouvir o violão por toda a música, mas os vocais são tão bons. E sofridos. Dá vontade de oferecer uma barra de chocolate e um cobertorzinho pra eles. Os raps funcionam bem também, e esse é um ponto alto da música.
Mas o refrão e o Taeyang dizendo "take my, my hands, yeah"? Cinema poético. As únicas duas linhas do Rowoon? Ótimas. Realmente faltou só o vídeo deles parados meio tristes olhando para paisagens ou partes da casa enquanto dublam a música. Ai ai.
Ryu Sujeong – Tiger Eyes
Imagina debutar com essa aqui? Nossa. Mas, obviamente, a Woollim é a Woollim e não aproveitou o talento da gatinha nem quando o Lovelyz ainda existia, não seria no solo de uma delas que essa empresa ia fazer algo de bom, né? LOL.
Mas enfim, que hino. Que BOP. Que música de gente gostosa. Sabe aqueles filmes de ação meio comédia em que a dupla principal é um otário e uma gostosa possivelmente criminosa? É mais ou menos a energia dessa música.
A Sujeong tem um tem mais baixo, o que não impede a gata de subir e mantar notão e tons altos, mas aqui ela trabalha muito nesse registro baixo junto do instrumental que também é baixo. Ele te prende do começo ao fim e sempre parece que ela acaba cedo demais, mesmo tendo mais de 3min e meio. Então, logicamente, você é obrigado a ouvir de novo (e de novo e de novo e de novo).
As suspensões dão mais ênfase aos drops e esse refrão é uma delícia. Ela também está lindíssima, esse azul do cabelo dela é simplesmente cinema poético. E a coreografia, em teoria, é fácil de se replicar, então em algum momento você vai se pegar fazendo as mãozinhas em frente ao computador. Faz parte.
Bônus:
B.A.P – Moondance
Ai, ai. É. Enfim, né. [gritos].
Essa parte da newsletter tem uma planilha onde eu anoto as músicas que poderia falar sobre aqui, porque a minha memória é simplesmente péssima e com a planilha eu posso me organizar melhor, saber que grupo foi onde pra evitar posts em sequência e tudo mais. Então, existem umas 7 (sete) músicas do B.A.P lá que eu sempre passava, mas nunca parava pra tentar ajustar aqui. Então vamos trabalhar em ressignificar traumas, né? Porque situações traumáticas.
E não, não vamos falar sobre essa rolha de desgraça rascunho do barco do inferno bolsa de bosta eleitor do bolsonaro do ex-integrante que é literalmente um criminoso. Existe uma voz fantasma nessa música. Esse ser não existe mais. O B.A.P tem cinco membros. Obrigada. Sim, ainda tenho ódio, faz parte. QUANDO que eles vão se juntar e regravar todas as músicas pra que eu possa voltar a ouvir com mais frequência e sem ficar ouvindo esse tinhoso?
Enfim, traumas e ódios a parte, se tinha uma coisa que o B.A.P fazia era servir. Eles eram boicotados pela própria empresa, mas toda essa vibe de boy crush e morte ao governo foram eles que introduziram no mundinho k-pop. Moondance saiu no último álbum deles antes da desgraça e a liberdade dos meninos acontecer, e só tinha música boa nesse. Saudades.
Ela era uma das minhas b-sides favoritas, e, ai, ela é tão boa. Não muda vidas, mas dá pra aproveitar enquanto se escuta. Ela é mais voltada pro EDM e não tem lá muita coisa acontecendo no instrumental, mas os vocais brilharam aqui. Entendam, a minha bias line era Jongup, Youngjae e Zelo (a maknae line, oh wow que surpresa) e ver todas as linhas que a duplinha dos Jonjae tiveram, com direito ao registro mais baixo do Youngjae já no comecinho, foi cinema poético. O Zelo ficou meio que lutando pelas linhas aqui tal qual o Yongguk, mas tudo bem, eles roubam a cena sempre que aparecem.
Essa música é pra se ouvir e dançar com o crush, tem essa vibe meio sensual, e na coreografia eles colocaram elementos que te convidam a dançar com eles, tanto é que a pose final é uma mão estendida. Vou deixar esse vídeo aqui pra vocês darem uma olhada na coreografia, mas lembrando que o filhote de cruz credo tá no stage, então fica ai o aviso.
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