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Os bops mais recentes do ONEUS (e show no Brasil!)
Que o ONEUS é um grupo que só tem BOPs na discografia, a gente já sabia. Mas é hora de falar dos comebacks do grupo em 2022, com um extra de vocês me verem chorar sobre o show que eles vão fazer aqui no Brasil mês que vem.
Vai ser emocionado como sempre, gente. Esse aviso já é clássico, rs. Same Scent foi um momento. Bora que bora.
Antes de começar, vamos falar de algo que continua seguindo o grupo, principalmente nestes lançamentos que aconteceram antes da tragédia: Com exceção do comeback japonês, os dois lançamentos do ONEUS no ano passado foram feitos com seis membros. Então, sim, em vídeos e afins, o Ravn vai estar lá. Faz parte também. E sim, gente eu sei o que aconteceu. Ele era da minha bias line. Eu sei. Meus únicos comentários sobre o ocorrido é que: vá com Deus e um beijo para os CINCO membros do ONEUS. Que eles mesmos fazem questão de lembrar. É isso, abraço.
TRICKSTER
O EP Trickster foi o primeiro chute na porta do grupo em 2022. O EP tem 7 faixas no total, sendo que uma delas é uma versão em inglês de Bring it On. Pra que isso? Não faço ideia, mas tudo bem.
Essa aqui foi um momento por que eles começaram os anúncios mandando dois vídeos sobre a história do comeback e, assim, teorias e teorias né. O EP. 1 e o EP. 2 foram os trailers super cinematográficos que nos introduziram neste universo de trapaceiros, cartas letais, Ruth e Raquel e uma aura creepy. Eles deram muito material para teorias que a gente tem certeza que os meninos viram algumas e se perguntaram se a gente estava bem (não estávamos). Inclusive, não me perguntem, eu parei de entender a história em Come Back Home (um beijo come back home).
Gosto da teoria de que o verdadeiro Trapaceiro era o Leedo. Fica ai no ar se é mesmo. No mais, eles dizendo “Who got the Joker?” significa que em algum momento eles vão esbarrar com o Billlie e então- [sendo arrastada pra fora do palco].
ENFIM, a primeira música é justamente Intro: Who Got The Joker e acho um crime como essa aqui é só uma intro e não uma música inteira. Ela é carregada por um instrumental voltado para o reggae, mas que não abre mão de uma guitarrinha bem rock junto de vocais mais rasgados. E embora uma versão inteira fosse interessante, entendo por que ela é “só” uma intro. Ela é construída de uma forma meio divertida, meio sensual que te conquista. E você quase se esquece do perigo. Não que aqui o perigo esteja totalmente instaurado, mas é a pontinha do “algo de errado não está certo”. O mais importante é que ela tem uma coreografia sexy sem ser vulgar. Pois é.
Vamos começar pelas b-sides desta vez, então vamos falar de Skydivin’ que ganhou alguns stages e é simplesmente adorável. Ela é tão música de filme de adolescente, sabe? Dá pra visualizar perfeitamente ela sendo trilha sonora desse tipo de filme. Sempre imagino uma cena de viagem pela estrada com amigos e depois um compilado de cenas do grupinho se divertindo em diversos momentos. E, no fundo, é meio que sobre isso que ela é. Sobre se divertir. Sobre como a vida adulta também pode e precisa de cores e que, às vezes, o que a gente precisa é relaxar e voltar a ser criança, sem tanto drama na nossa vida. Ou seja, se joga. Abra suas asas, solte suas feras, caia na gandaia, entre nesta festa. E LEVE COM VOCÊEEEEEEEE-ok parei.
Ela é uma música que você consegue sentir a dose de serotonina mesmo sem entender a mensagem da letra. O refrão é de maria gritadeira, em tom alto e com nota estendida. E o Keonhee canta esse refrão bem demais. Toda vez que ele chega é difícil não cantar o skyyyyyyyyyyydiiiiiiiviiiiiiing junto. Fora isso, o instrumental se apoia bastante na bateria, o que dá uma energia mais sutil para a música e também tem um riff de guitarra bem delicinha. O Leedo começa a música com aquele vozeirão dele, não tinha como dar errado.
Se você queria uma música para adicionar na sua playlist de road trip com os amigos ou na playlist de limpar a casa, essa aqui é uma ótima pedida.
Contrastando com Skydivin’, Firebomb vem em seguida e ela é uma viagem. Um momentinho. O jeito que ela começa não é do mesmo jeito que o refrão vem. Firebomb é uma mistura do bem de um instrumental mais funky com hip hop e pop. Acredito que o som dos trompetes aqui foram mais sintetizados por que eles têm uma distorção no final de cada nota deles, e achei um detalhe bem interessante no instrumental. A minha parte favorita é o pré-refrão, onde vários elementos do instrumental são retirados antes de voltarem.
Aqui gente tem o Leedo de vocalista e rapper, e passando pelos tons altos e baixos, sendo o ridículo que é. Um beijo pra ele. O Seoho… Ai ai, o Seoho é o Seoho, né, e ele manda um registro um pouquinho mais baixo, depois dá uns berrinhos. Kingo. Às vezes eu acho que falta algo no refrão, mas entendo a linha de pensamento pra ele. Gosto também do jeito que a frase ali é repetida porque sempre me lembra do DKB. Não me perguntem por que, apenas me faz pensar nos meninos a forma que a frase é falada.
É uma música rebolante e que te dá vontade de ouvir mais de uma vez. A letra também tem jogadas interessantes como o belo konglish de “I gotta ppalli” (basicamente “preciso me apressar”) e a grande frase de “You’re already guilty for what you did to me, my arsonist” (imagina tu chamar a pessoa de INCENDIÁRIA pelo crush que tu tem? e as pessoas dizem que o romance está morto).
Fazendo a gente se acalmar um pouquinho, Fragile vem logo em seguida. Ela é uma música que a gente ouve para ficar de boa e é mais puxada para o lado sentimental. Às vezes acho que é a minha favorita do álbum, às vezes ela fica com o segundo lugar. É uma música tão gostosinha de ouvir.
O ritmo aqui é mais puxado para o mundinho R&B e ela é bem calminha. Mas calminha de um jeito música pra se ouvir deitada na rede. Sentir a vibe sabe? Eles brincam com as cores vocais aqui e, talvez, não seja surpresa pra ninguém, mas todas as vezes que eles harmonizavam com um vocal mais grave que o outro eu ganhava um ano de vida. Cinema poético. Foi pra mim. Eles se importam comigo.
Tem uma pitadinha de filme adolescente aqui também. Talvez seja por que a letra é toda dramática meio trabalhada no slow burn com a dose exata de yearning. Na verdade, a letra é uma história inteira sozinha e o que começa com uma vibe bem "poxa crush porque não me nota" e vai passando por vários estágios do slow burn, chorando sobre como eles eram fogo e gelo, termina com um final feliz, porque mesmo em temperaturas diferentes eles conseguem combinar. É fofo. E tão drama adolescente. É ótimo.
Agora, Mr. Wolf é provavelmente a faixa favorita da maioria do fandom e por um motivo, né? Essa aqui é boazuda demais. Woof woof bark bark mesmo. Ela começa com um assovio que já anuncia o perigo sedutor que teremos pela frente, e ela começa de verdade resgatando aquela batida de reggae que vimos lá na Intro. Como é boa. O reggae e o pop vão caminhando pra cima e pra baixo no instrumental. Em alguns momentos o som acelera e o drop do refrão é simplesmente perfeito. Os sintetizadores também não perderam espaço aqui e eles criam distorções que dão mais intensidade para a música. O Hwanwoong dá uma passadinha rápida pelo lado rapper dele, então um salve pro meu filho.
A ponte da música começa mais suave e depois vira um dance break com efeito de reverberação. O som do vocal tem efeito abafado, como se viesse de outro cômodo enquanto a batida segue alta. E então tudo volta para o último refrão. Mr. Wolf é completamente teatral, e também consigo visualizar totalmente ela sendo utilizada em AMVs. Você tem aquele personagem bonitinho e ordinário? Talvez esta música seja para este personagem. Cuidado com o lobo mal. Ai ai ai, ui ui.
Brincadeiras a parte, a minha curiosidade favorita dessa música é que, na verdade, ela faz referência a uma brincadeira infantil chamada “What’s the time, Mr. Wolf?”. A brincadeira é bem parecida com Luz Vermelha, Luz Verde que muita gente conheceu lá em Round 6. No Brasil, a gente costuma conhecer como Estátua. Uma criança fica como o Mr. Wolf e mais afastado do grupo, que então pergunta “Que horas são, Sr. Lobo?”. O Lobo então escolhe uma hora de 1-12 e o grupo tem que dar os passos que correspondem à hora escolhida. Quando o Lobo decidir que o grupo está perto o bastante, ele pode responder a pergunta “que horas são?” com “é hora da janta”, e então todo o grupo tem que sair correndo. Quem for pego é o próximo Lobo.
Foi ótimo observar como eles incorporaram a brincadeira dentro da música. Além de ser conceitual não só com o tema de lobos recorrente nas músicas do grupo, como também com os trailers do comeback em que o grupo tem que fazer escolhas em jogos com aquela pessoa encapuzada.
Como acabamos de passar por uma música que foi um Momento, nada melhor que falar de outra música que alugou vários triplex por ai, não é mesmo? Bring it On foi a música título e a melhor forma de explicá-la é dizer que ela é a prima de No Diggity. Sabe quando o Kuzco, em A Nova Onda do Imperador, diz “Manda ver”? Bring it on é isso ai.
Aqui é onde os jogos mostrados em outras músicas culminam de uma forma quase fatalista. As brincadeiras são perigosas e praticamente todas são meio que impossíveis de se vencer. Tem armas, tem descubra qual maçã não está envenenada, tem uma bomba. O pobi do Xion amarrado na carta gigante. É quase um conceito de Round 6, só que refeito de uma forma mais original, sem ir exatamente em Round 6. Até por que, o problema aqui é o Joker, o coringa, o trapaceiro e toda a história de Ruth e Raquel dos meninos do ONEUS e seus gêmeos do mal. Ou seja lá o que ou quem for a outra versão deles.
O MV é um negócio bem ponto de interrogação. Além dos jogos e dos meninos em situações de (barril) perigo, é difícil apontar quem é o trapaceiro. Um deles tinha a carta do Joker, mas o Leedo foi o único que interagiu com o gêmeo do mal. Inclusive, o Leedo também é quem volta nos segundos finais do vídeo e pega uma das cartas. Leedo, você tá metido com o que meu querido?
Para além das teorias, que MV bonito, né? Todo colorido, os efeitos são super bem feitos e vai seguindo os momentos da música. Eles começam o vídeo mandando um salve para Monster do EXO. Ah, eles tem um set que é meio que um parque de diversões, só que é focado na entrada de uma atração específica que é tipo uma boca de palhaço. Sim, tem uma cara de palhaço bocudo e bizarro no fundo. Fica o aviso.
Essa história meio doida e complexa aparece na música também e talvez seja por isso que No Diggity seja tão lembrada aqui em Bring it On. Quem viveu o lançamento de No Diggity sabe como foi, e ouvir essa explosão musical novamente trouxe uma camadinha extra para o comeback. Inclusive, o Seoho tá de rapper aqui. De rapper. Não bastasse ele ser o grande vocalista que é, ele fez um rap. Lee Seoho, eu juro por Deus. Volto daqui a 5 minutos para me recompor.
ENFIM, meu momento favorito desse instrumental farofa é a relação entre o pré-refrão, refrão e pós-refrão. O pré-refrão é mais suave que o resto do instrumental e às vezes ele parece que se prolonga demais, mas aquela função de crescente que essa seção da música tem continua aqui. Só que o drop do refrão não é tão impactante por que ele é mais melódico do que se espera, e instrumental continua em crescente. Até que, finalmente, a gente tem aquele drop explosivo que vai lá pra baixo com o pós-refrão. É satisfatório. A ponte também é dividida em duas partes, uma mais melódica que a outra, e embora eu adore a primeira parte toda cantada dela, a segunda dá mais uma mudança no instrumental que te puxa o tapete de novo. Bom demais.
Tem de tudo nesse instrumental, desde guitarra até trompetes (ou algo dessa família, não confiem totalmente em mim) que puxam mais para algo do ritmo Mariachi. E tudo é perfeitamente misturado junto. Os vocais foram utilizados muito bem também, indo pra cima e pra baixo. O Leedo simplesmente indo pelas gargantas de todo mundo, sabe? A+. Bring it On foi um experimento do bem da parte deles.
A coreografia também é ótima, dando um complemento para a música e ela é super satisfatória de ver. E cansativa. O último refrão é totalmente explosivo e expansivo e rápido. Eles vão com tudo na dança, sabe? Ícones demais. E os gatinhos mandam muito bem no ao vivo, então óbvio que vou panfletar eles no It’s Live.
MALUS
ONEUS poderia ter lançado apenas Bring it On no ano, mas resolveram servir mais uma vez. Peço desculpas desde já se esta parte do post ficar gigante, eu gostei desse comeback de um jeitinho normal. Inclusive, se você quiser pular para ver as informações do show que estão lá em baixo, pode ir. O MALUS saiu em setembro e tem 7 faixas, uma delas novamente sendo uma versão em inglês para a música título.
Acredito que eles gostaram muito o caos instaurado no fandom com os trailers de Bring it On, então seguindo os passos de queridos conceituais que são (VIXX pavimentou tanto esse caminho, ai ai), os meninos lançaram teasers individuais para Malus. Malus é a palavra em latim para maçã, além de passar por significados mais negativos como penalidade e ruim. E, sim, eles passam pela questão de pecado, tentação e jardim do Éden. Cada um desses teasers tinha um “pecado” diferente para cada um, algo que precisava ser melhorado ou expurgado, que machucava as pessoas ao redor e a eles mesmos. Ai ai, bons tempos, viu.
E, já que falei de VIXX ali em cima já que eles são os reis do conceito, queria dizer que ONEUS foi muito fã de Scentist, porque o conceito de Éden com cheiro aqui é ó: cinema poético. Um beijo Scentist, inclusive.
Malus começa com Intro: Eden e, tal qual lá em Trickster, ela dita o tom do álbum. Embora eu também quisesse uma versão maior de Eden, ela funciona no tamanho que tem. É bem dreamy, te dá a sensação de flutuar enquanto o piano reverbera no instrumental. Os vocais são mais suaves, sem perder a intensidade que os meninos têm. Te deixa com aquele gostinho de quero mais enquanto eles dizem que vamos alcançar o Eden. Mas, no caso, não vamos não por que caímos em tentação, então temos esse sentimento de vai e volta. A letra até fala “Eden, Eden, quanto mais eu almejo, mais distante eu fico”. Ai, o angsty, né?
Stupid Love é a primeira b-side depois da intro e ela é uma delícia. O pop rock casa perfeitamente com os vocais dos meninos, mas o refrão que puxa mais para o lado do rock é a melhor parte da música. Essa energia do pop rock com as letras de amor não correspondido deu um ar jovial para a música. O que quer dizer que, sim, às vezes ela me parece música de filme adolescente e/ou de comédia romântica. E é muito bom.
Cada um deles brilha no vocal aqui e cada tom tem seu momento. Dos mais baixos aos mais altos, temos até falsettos aqui e o rap do Leedo com o vozeirão já conhecido dele. E nada se sobrepõe ou se perde em meio ao instrumental. A linha instrumental e a linha vocal vão caminhando juntos o tempo todo. Inclusive, ela tem uma energia bem de bandinha, então espero que algum dia quem sabe a gente tenha conteúdo da família WeUs. Mesmo que essa sonoridade mais agitada não seja algo que o Onewe costuma fazer. Mas eles conseguem, porque Onewe consegue fazer tudo. Beijo pro Onewe.
A bateria trabalha bastante aqui e quando ela se junta com a guitarra é bem difícil não ficar balançando a cabeça ou batendo o pé. Ela é energética, te dá vontade de se mexer. Sabe aquela playlist de road trip? Pode colocar ela lá.
Gravitation é para quem estava sentindo falta de uma balada delicinha pra salvar na playlist. Essa aqui te faz acender a lanterna do celular e levantar o braço, balançando de um lado pro outro. Eu falei de um momento com o Onewe em Stupid Love, mas um WeUs com essa aqui seria tão, mas tão bonito, sabe? Nunca pedi nada gente, quebra esse galho pra mim, por favor.
O instrumental da música cresce mais para o final, onde até uma guitarra bem baladeira aparece e transforma a música em uma power ballad. Mas fora isso, Gravitation é praticamente toda acústica, o que dá ainda mais foco nos vocais que já te puxariam de todo jeito.
Eu adoro o refrão, mas a minha parte favorita é sem sombra de dúvidas o rap. O motivo é bem simples: eles mantiveram a linha vocal fazendo o que faz de melhor enquanto a linha de rap entrou. Sabe quando o BTOB lá em I’ll Be Your Man fez isso com o Ilhoon e o Minhyuk cuspindo fogo enquanto as notas vocais estouravam ao fundo? É tipo isso. Aqui não é tão épico quanto o BTOB, mas funciona e é o melhor momento da música, um complementando o outro e dentro do sentimento triste, porém mais calmo que Gravitation tem. Foi pra mim.
Gravitation foi a balada sentimental que faltava e ela realmente vai direto no coração. Aqui eles serviram. Entrou na minha listinha de baladas favoritas do ano. Inclusive, acho ela meio cinematográfica, poderia facilmente estar em um filme (talvez o mesmo filme de comédia romântica de Stupid Love, sempre tem aquela cena mais tristinha no filme).
Depois do momento de tristeza deitado no chão chorando, ONEUS mandou Mermaid que é pra você levantar do chão e ir dançar. Ser feliz. Rebolar. Fazer passinho no meio da sala. Dançar com a vassoura enquanto limpa a casa.
A linha de baixo de Mermaid já vale a música toda e ela foi minha personalidade exatamente 10min, por que depois disso ouvi Full Moon, mas chegaremos a Full Moon depois. Mermaid é a criatura mística com a qual os meninos comparam o crush, e assim… Quem nunca, né? Eles serviram tanto aqui, essa música é tão boa.
Mermaid é toda retro com uma linha de baixo maravilhosa que passa pelo disco, e ela me dá muita vibe de algo meio Lionel Ritchie só que feita por um grupo do começo/meio da 3º geração do k-pop, tipo EXO ou EXO-CBX, sabe? O jeito que os vocais são utilizados nessa música me remete à geração passada. Não me perguntem, não faço ideia, apenas penso sobre ocasionalmente.
Aqui eles voltam a acreditar no amor e a falar em questões de tentação, afinal todo mundo sabe o que sereias fazem, mas é tudo feito de um jeito bem gostosinho e leve. Eles também combinaram muito bem com essa sonoridade retro e o resultado é essa música meio chiclete que te dá vontade de ouvir mais de uma vez. Eles fizeram essa para mim (falando isso pela quinta vez, mas fazer o que, foi pra mim).
Chegamos a Full Moon. Full Moon é um momento. Talvez eu devesse deixar vocês só darem play. O tanto que eu fiquei pontinho de exclamação com essa aqui não é brincadeira, viu. Foi a minha favorita do álbum, e eu favoritei todas. É sério.
Por um tempo eu acreditei que essa aqui deveria ser a que se chama Mermaid. Ela tem toda essa vibe de perigo latente, mas depois de dar uma olhada na letra o nome Full Moon fez sentido. Eles voltam na história de tentação do tema Malus, mas eles também puxam toda a história sobre seres lupinos que já vimos antes. Lobinhos estão de volta, yeah. Mesmo que eu ache essa música e a título muito mais vampiro do que lobo, mas enfim. Detalhes.
Full Moon é um R&B mais sensual e na primeira vez que ouvi eu disse que era música de strip tease. E ela é. Se você precisa de música assim, tá ai uma atualização para a sua playlist. O tipo de sensual aqui é daquele que te prende e te faz prestar atenção, e foi exatamente por isso que achei ela deveria se chamar Mermaid. É exatamente aquele tipo de sedução encantadora que te hipnotiza e te deixa querendo cada vez mais. Em todo momento tem um piano esporádico no fundo e a percussão sintetizada que cresce no refrão.
Os vocais aqui são um show a parte e queria mandar um salve extra para o Xion e o Seoho. Os raps fazem um trabalho incrível e o Leedo aparece mais uma vez mostrando que ele é rapper e cantor. Inclusive, ele canta no pré-refrão. O Hwanwoong vai pro mundinho rapper também, principalmente na nova composição do grupo, e meu filhote é muito bom, né? Ai ai. E o Keonhee usa a voz aveludada dele em registros mais baixos antes de voltar a subir. Como ele serve. A coreografia, obviamente, tem muito elemento feito pra te seduzir, então não deixem de ver.
AND I CAN’T GET IT BACK. NO MORE. NO MORE. Desculpa gente, essa aqui foi realmente parte da minha personalidade pelo mês inteiro de setembro e teria continuado se certas coisas não tivessem acontecido. Sigo gostando dela de um jeito bem normal, mas quem teve que conviver comigo quando Same Scent saiu sabe do que eu tô falando. O que foi meio que um problema já que nos círculos que estou inserida, eu era a única que estava completamente vidrada nessa música. Quem nunca, né? A galera pagou parte dos pecados.
Depois que o tempo foi passando e fui ouvindo Same Scent de maneira menos eufórica, alguns pontos alheios foram fazendo mais sentido pra mim. Entendo quem não gostou de Same Scent ou não achou grande coisa. Ela não é mesmo. A música cai dentro de um espaço em que a fórmula da música já é conhecida e, dependendo de como ela é utilizada, chega a ser batido. Ela chega a ser até meio que abaixo do esperado, principalmente na parte do refrão que é meio vazio tirando uma frase em inglês que se repete. Faz parte, né? Tá tudo bem.
O que não é o meu caso, então queria dizer que: BOAZUDA DE MAIS, BROTHER. Nossa. Enquanto eu entendo o problema dessa padronização sonora que existe aqui, e que às vezes parece que eles não tentaram tanto assim nessa música, ela funciona bem demais. Inclusive, tiro um momento para discordar e dizer que existe, sim, uma coisinha mais ONEUS nessa música. Dificilmente consigo colocar essa música em algum outro grupo, mas essa sou eu. E, enfim, eles fizeram o que tinham que fazer. Foi uma mudança mais refrescante nos comebacks masculinos do ano. Ela não precisa mudar vidas, ela só precisa funcionar e isso ela faz muito bem.
Same Scent é a irmã mais velha e sensual de A Song Written Easily, simplesmente pela batida de sintetizadores voltados para o tropical. Outros elementos do instrumental fazem com que ela seja mais madura que ASWE, como partes da percussão e o fato de que a batida aqui é um pouco mais grave. Os instrumentais aqui parecem bem mais isolados, então enquanto a gente tem um só som no fundo, outro fica por cima sendo mais marcado e mais notável. É por isso que é fácil ficar cantarolando aquele tã-tã-tã tã-tã-tã. O som ganha mais elementos lá na ponte e depois volta ao jeito mais minimalista.
A linha vocal é o que mais brilha aqui e, ai, como é bom. O Seoho gente, é sério. Não tenho condições. Meu advogado saberá sobre isso! É tudo meio aveludado, meio sofrido, até os raps são menos explosivos sem perder o momento de força que eles carregam. O jeito que o Seoho e o Keonhee cantam o refrão e o todo o ar que passa não só pela guitarrinha do instrumental, mas também pelo vocal do Seoho na segunda parte do refrão é simplesmente cinema poético. Os tons mais baixos do Hwanwoong e do Xion foram bem utilizados e pontuados aqui.
A letra volta a falar sobre tentação. Eles são seduzidos pelo perfume do amor, o cheiro que gruda na pele até que você percebe que te faz mal. Mas, aqui, meio que tanto faz se em algum momento os machuca. Eles querem que o cheiro e as memórias continuem. É tudo poético e sensual.
O rap do Leedo literalmente fala “our lips almost touching like blooming flowers”. Tem uma sacada ótima no próximo rap que diz “esta dor esta crescendo”, dita como crescendo mesmo, que é um termo musical. A repetição dos “nae momi gieokae ay ay, ey ay ay remember your sce-e-ent ay ay ay” que é tão delicado e bonito e chiclete. O chiclete máximo daquele and I can’t get it back, no more, no more.
E sim, deixei só o romanizado daquela parte não só por ser mais chiclete, mas também porque não quero pensar no Seoho repetindo mil vezes “My body wants you bare”. Obrigada.
O MV é bem bonito e as cores foram bem pensadas, e ele também é mais simples que o de Bring it On, apostando mais em sets que são apenas cômodos grandes, com um ou outro tendo mais elementos, como o quarto em que o Seoho está. Porém, o holofote vai para as transições de cenas e para aquele set da água. Aquele set nos proporcionou shots de close up com água e, principalmente, coreografia na água. O mundo precisa de mais coreografias na água.
E por falar na coreografia, como ela é boa. Ela dá mais pontos para a música e tudo que eles não pesam na música, eles pesam aqui. Tem eles indo pra cima e pra baixo, dinâmica, muitos giros e a quantidade de integrantes é bem utilizada. Ela é sensual também, e eles foram reis acessíveis na parte do “can’t get it back, no more, no more” por que é teoricamente fácil de reproduzir. Sério, deem uma olhada na coreografia, é bom demais.
Costumo gostar mais das músicas melódicas do ONEUS como essa, Luna e Twilight (mas não desgosto das mais espalhafatosas como Bring it On e No Diggity, eles simplesmente não tem uma música título ruim), então talvez tudo isso seja apenas biasing. Faz parte. Funcionou pra mim, e ela está na minha lista de favoritas.
Por fim, queria panfletar eles no It’s Live com Same Scent, e esse vídeo especial que eles lançaram com a coreografia especial de apresentação de fim de ano. Eles servem sempre. Obrigada, ONEUS.
Show
Mas Cambs, cadê as coisas do show? Tá aqui, meu pequeno gafanhoto. O ONEUS terá seu primeiro show em terrinhas brasileiras em São Paulo no mês que vem. Infelizmente, por enquanto vai ser apresentação única, mas com sorte nós conseguiremos mais coisa no futuro, né? Afinal, o público brasileiro é sempre outro nível.
O show vai rolar no dia 15 de fevereiro (15/02), lá no Terra SP. Os ingressos variam entre R$ 190 e R$ 690. Rindo em BR language sempre, né? rs. A venda tá rolando pelo Clube do Ingresso, vou deixar o link aqui em baixo pra vocês. Leiam tudo e prestem atenção na hora de realizar sua compra, viu? O twitter da produtora do show é esse aqui, sigam pra vocês verem qualquer novidade. E bora lá ver ONEUS ao vivo.
ONEUS REACH FOR US - 1ST WORLD TOUR EM SÃO PAULO
Data: 15 de fevereiro de 2023 (quarta-feira)
Local: Terra SP - Rua Salim Antônio Curiati, 160 - Campo Grande, São Paulo - SP, 04690-050.
Horário: 20 (abertura da casa às 18h)
Classificação: 16 anos.
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