Luizinho do meu coração

Por um tempo fiquei me perguntando com quem abriria a newsletter. E por "um tempo" quero dizer: aproveitei esse rápido pico de energia para correr em círculos mentalmente gritando MEU DEUS DO CÉU O QUE EU FAÇO!!!!!!! Até que, enfim, desencanei (esqueci porque fui fazer outra coisa) e pouco depois tocou Accident na playlist do youtube e.... É isso. Essa é a grande história de como meu brother, meu querido, meu amorzinho Luizinho aka WOODZ ficou como o primeiro post de grandes opiniões.

Aviso de textão, inclusive. Eu sou emocionada. Também conteúdo meio cringe porque eu misturo teoria das vozes da minha cabeça com as opiniões das músicas. Fazer o que.

Deixa eu avisar também já no começo que: não faço sentido na maior parte do tempo e não existe regra dos porquês nesta casa.

Ano passado, WOODZ lançou o Only Lovers Left que salvou minha vida. Acabei não falando tanto desse álbum quanto deveria ai pelas redes, mas simplesmente Luizinho sabe? Uma discografia impecável dessas, ele é kingo demais. E esse álbum de estética emo e só musicão?? Woof. Um beijo pra Chaser e Waiting, inclusive. Esse parágrafo é apenas pra mandar esse salve necessário pra Only Lovers Left, ok? Ok. Ele é até estruturado pra contar a história e SINCERAMENTE SABE!!!! Queria mandar um salve pro SET também que- [é arrastada pra fora do palco].

Enfim, estamos aqui pra falar do que nosso querido WOODZ lançou em 2022, que foi nada menos que o Colorful Trauma que... assim.... salvou minha vida. Eu gostei desse álbum de um jeitinho normal, juro, só deixei ele em loop por 3 meses antes de começar a dispersar para outras músicas. Um suco de cinema poético.

A primeira música é Dirt on my leather e lembro perfeitamente quando ouvi pela primeira vez. Eu tava na sala aqui de casa e soltei "MEU DEUS AMIGO??" que meu pai ficou o puro ponto de interrogação. Mas Luizinho abriu o álbum chutando minha cara, que outra reação eu teria? Demorei os três meses de loop do álbum pra entender que essa música era todinha em inglês, o que faz parte, mas o principal dela pra mim é que ela é uma música do Rock Of Ages. O que me representa, inclusive, porque até hoje eu assisto Rock Of Ages e fico com aquela vontade de ser um rockstar. Luizinho é gente como a gente.

O Colorful Trauma inteiro é um grande Rock Of Ages. Dirt on my leather é todo trabalhada na energia de rockstar anos 80 que faz o que quer. É um se joga, amiga! Abra suas asas, solte suas feras, se liberte e apenas viva uma vida rock n' roll..... Luizinho assistiu demais Rock Of Ages, eu sei disso.

Dirt on my leather tem menos de 3min, o que é um crime, mas querendo ou não faz sentido. Ela poderia ter, sei lá, uma outro ou mais um refrão? Provavelmente, mas a música já fez o que tinha que fazer. Ela chuta a porta da sua casa e aumenta o volume da sua TV. Te faz prestar atenção, e dá o pontapé inicial nesse mundinho it's just like trauma inside my mind (o SF9 acertou TANTO nessa puta merda) do Lulu.

Ps: existe uma teoria na minha mente que o grande Rolê sobre a questão de Trauma x Colorful, que o próprio Luizinho disse em entrevista que essas palavras não costumam combinar, é que é quase como uma viagem por sentimentos do trauma, saca? Assim, ele também falou em entrevistas sobre como é sobre passar por memórias e sentimentos disso, mas enfim. O trauma é uma cor, não importa qual ou a tonalidade, mas é uma cor. E então cada tipo de trauma tem sua cor, e diferentes tonalidades seguindo suas nuances dentro das nossas vidas. Então, querendo ou não, é colorido, e todos nós somos feitos de diversas cores. Digitei isso tudo e mais uma vez achei uma ideia inteligente dita de maneira burra, enfim. Juro que no ambiente de trabalho eu sou melhor porque meus neurônios fazem sinapses nesse setting ok.

Dirt on my leather não é uma das minhas grandes favoritas do álbum, mesmo que eu adore ele inteiro. Então é hora de partir para a segunda música do CT que é a grande querida Hijack. Ela é uma música Rock of Ages, mas que aposta em um lado mais pop-punk, com uma guitarra elétrica no pré-refrão (esse som da guitarra me lembra alguma música do Black Eyed Peas, inclusive). E, principalmente, ela é uma música de gostosa.

Depois de chutar a porta, Luizinho disse: ow, eu sou uma grande gostosa.

A guitarra é uma delícia e os vocais são tão bons. Ela é pra você rebolar de um jeito rock n roll. É uma música de gostosa que comete crime igual Bad Liar do Kihyun. Hijack é um chute na cara também, mas daquele tipo que arromba sua porta pra te levar pra andar de carro esportivo e fazer cavalo de pau na rua. Não de um jeito Velozes e Furiosos, talvez algo mais... Missão Impossível. Tudo isso falando que tá se apossando (eu não sei uma tradução melhor ok) dos nossos corações, mas isso a gente já sabia, toma que é teu Lu.

De acordo com as vozes da minha cabeça, Hijack também manda uns papo sobre trauma, mas que é tanto pra energia de "Como pode um gostoso como eu ser traumatizado? Chega disso! Melhore amada!" quanto para aqueles momentos de "[ATEEZ's voice] who you who am i". Em termos de informática, Hijack é um tipo de vírus/hacking que invade o sistema operacional e começa a fazer o que bem entende dentro do sistema. Esse hacking instala programas sozinho, abre páginas, muda ícones e faz aparecer milhares de propaganda. Então, em resumo, Hijack também é um invasor que toma posse das suas ações. É até por isso que no inglês existe uma diferença entre Hijack (sequestro de carros, aviões, máquinas, etc) e Kidnapping (sequestro de pessoas). Fica ai a informação pra vocês, rs.

esse gif me representa tanto istg

Aqui em Colorful Trauma as transições de uma música pra outra funcionam melhor. Não que em outros álbuns não funcionasse, mas é como se ele tivesse parado um minutinho pra olhar o grande esquema desse lançamento e decidiu agrupar as músicas por etapas, entende? Em Only Lovers Left a sequência de músicas é pela história do amor que vai se desfazendo, aqui o principal é mais a sonoridade. Dirt on my leather e Hijack são mais agressivas e chutes na porta, um rock anos 80 e depois uma mistura desse instrumental com guitarra elétrica mais pop punk.

E aí sabe o que larga ainda mais o rock anos 80 e puxa o pop punk com força? A próxima música do álbum, que é a faixa título, I hate you.

Aqui ele saiu da vida Rock of Ages e mandou sua Avril Lavigne interior com umas pitadas de Green Day e, não acredito que estou dizendo isso, um pezinho sutil nas bandas emo brasileiras tipo Fresno e NxZero. I hate you tocaria várias vezes na MTV e na MIX TV. Todo álbum é uma vibe nostálgica com as referências musicais que tem, mas I hate you vai com mais força nisso.

E I hate you é uma música catártica, né? Ela é bem energética e mais divertida, pra você pular pela sala enquanto escuta, mas em nenhum momento ela perde aquela emoção que tem por trás. Quase melancólico, eu diria, mas é algo nessa vibe ai. Um pontinho de exclamação, chute a porta e bota pra fora o que te faz mal. Seja livre.

I betted all I haveYou never askedBecause you don't careIf my heart burns blackSomehow these daysI'm out of contact with youLet’s be honestYou being busy is an excuse, you’re just tired of meOh, why you make me feel bad?

Your lies are covered by saying I love youI don't need it either, do whatever you wantI can live well without youOh, doing everything I want to doWithout youYou'll be fine without me (Ayy)I know like youI don't need your love

Eu poderia colocar a letra toda de I hate you aqui por que... wow. oh wow. woof. Como é BOAZUDA, né? Seria muito meu nick no MSN. Ela é super relacionável, né? Lembro que uns dois dias depois que saiu eu parei pra ver a letra e quase chorei (a minha saúde mental tá esfarelada, eu ando chorando bem mais esse ano, i hate it here). Eu fico nesse pique aqui de "Quer saber? Dane-se também" antes de voltar a dar tudo errado (porque eu sou burra), mas um dia vem ai de verdade.

Pra voltar a falar da música, ela é realmente um pop-punk-rock anos 2000, né? Porque ela é tão simples, mas tão efetiva. O refrão é grudento, o instrumental é de guitarrinha imaginária no ar. É até fácil de mandar aquele coreano errado pra cantar e então vem as repetições em inglês de iiii haaaaate yooooou i'll forgeeeet yooooou. E é engraçado até, porque o pop antigo era bem assim. Não dizendo que atualmente as músicas não sejam feitas de coisa simples e repetições, afinal elas precisam hitar no TikTok né (kkkry), mas quem viveu sabe a diferença. As coisas não precisam ser uma junção incansável de coisas e sei lá mais o que. Às vezes menos é mais.

Enfim, I hate you também é bem dinâmica vocalmente. O EP todo é, mas queria mandar esse salve especialmente pra I hate you. Luizinho vai pra tons mais altos, depois volta pro tom meio raspy dele que é uma delícia, manda uns rapzinho que é pra lembrar que ele sabe fazer tudo. A voz dele de qualquer jeito é muito satisfatória de se ouvir, essa parte nunca tem erro.

Essa versão do It's Live vive no meu coração, não só pelo Luizinho mandando um ao vivo, mas também pela ropinha estilosa com essa estampa meio My Chemical Romance em Welcome To The Black Parade.

O MV de I hate you é meio estranho também, mas segue essa linha de coisa questionável do emo-pop-punk anos 2000. Ele é bem simples, mas tem vários momentos de ??. O mais importante pra mim é que mais da metade do MV é feito numa galeria, o que faz muito sentido porque Luizinho é uma obra de arte. Kingo.

Também dá pra tirar simbolismos de toda essa questão de trauma e seguir em frente. Tem ele dentro duma roupa (ou sei lá o que é aquilo) de plástico, como se fosse se proteger. Tem cena da boca dele sangrando. Tem ele dentro daqueles aquários, a própria questão de galeria/exposição com ele e outras pessoas dentro de caixas de vidro. Tem aquele povo todo coberto por fita escrito trauma (inside my mind). Tem as grandes construções de cadeiras e cubos coloridos que ele destrói. Tem a cena dele com várias sirenes e metrônomos (como essa palavra é difícil, jesus). Então... yeah. Simbolismos. Infelizmente às vezes eu sou esse tipo de pessoa. I'm sorry, eu sei que é chato e meio vergonha alheia, self-aware nosso de cada dia também.

as perninha pra cima me pega sempre. e essas cadeiras brancas é BR coded

Enfim, um beijo pro Luizinho e pra I hate you com essa pegada meio vamos fazer a Elsa, pois não há espaço na minha vida pra isso. Meu último comentário antes de ir pra próxima música é que: como ele é lindo, né? Nossa. E o esmalte preto ficou ótimo nele.

I hate you é muito inteligentemente colocada no meio do EP porque ela é o meio do caminho onde todas as outras músicas se conectam. Então, FINALMENTE passando para a próxima música, nós chegamos na segunda metade do do álbum que eu, particularmente, achei muito galaxy brain da parte de menino Seungyoun. Por quê? Bem, porque essa é a sessão que fecha o álbum, e é onde as duas músicas mais lentas estão. Nenhuma delas é uma balada de fato ou chegam a abrir mão de vez de uma batidinha de rock, mas ambas as músicas contrastam diretamente com as duas primeiras faixas.

Dirt on my leather é chute na porta, Hijack é explosiva. I hate you é o meio, o melhor dos dois mundos (MONTANA, Hannah), onde o chute na porta é mais sutil. Daqui pra frente é calmaria, é uma batida na porta (mentira, elas te chutam também), e as duas seguem a escada que temos nas primeiras músicas. Saca? Eu não sei um jeito bom de explicar além de dizer que é tipo um reflexo na água.

Também é aqui que entramos na sessão músicas que estariam no CD de Malhação Internacionais ou nos CDs das novelas das sete.

Better and Better é um pop rock alternativo feliz, tem uma sensação de liberdade e de que as coisas vão ficar bem, principalmente pelo vocal que Luizinho entrega. Sabe quando o vento bate no seu rosto e bagunça seu cabelo, e você sente paz por dois segundos? É isso.

Provavelmente ela é assim toda feel good porque, tal qual Multiply no lançamento passado, ela é uma música feita para os fãs. E o bandido consegue fazer música pra gente sem se desviar do que ele tá querendo mostrar no álbum, sabe? LUIZINHOOOO!!

Essa junção do instrumental meio nostálgico com o vocal melódico do Lu aqui é tão gostosinho, deixa o coração feliz. E não se afasta tanto assim do tema de traumas e afins, porque em I hate you ele já tinha começado a mandar a "bola pra frente". Tem uma parte que fala sobre o coração florescer, e também é isso, sabe? É se reerguer depois, aqueles passinhos pra dias melhores, o famigerado processo de healing. E ele mandando essa energia de a União faz (o açúcar) a força na música que mandou pros fãs, sabe? 😭😭

Minha parte favorita é do segundo refrão pra frente, quando ele cresce a nota pra entrar pro refrão? Poético. E o better and better and better é feito pra ser cantado junto. E ai vem a ponte da música é o gif do Bob Esponja flutando e virando uma bola de luz. Os vocais são tão bons, o instrumental dá uma intensificada sutil e tudo funciona tão bem. Faltam poucos segundos pra música ter oficialmente 3min, mas ela não parece curta. É na medida certa.

E ela é tãaaaao música de mudança de cena/cena panorâmica de novela, na moral.

I'm falling deeperDeep inside youSo that my rooted heart can bloom a flowerYour love is the sun, it wakes me upMy cold heart is colored by youAlways light me upYou make me better and better and betterI'll become your skyLean on me when you're tiredI'll hold you fullyYou make me better and better and betterAt the moment we reach the end of the vast oceanWe hold hands and run with strength (Ooh, ooh, ooh)The most beautiful moment will be waiting for us

A letra é bonita, então queria compartilhar uma parte dela aqui.

Mas enfim, a paulada emocional não acabou em Better and Better porque Luizinho mandou a maior música do álbum pra encerrar, que é Hope to be like you.

Vocês precisam entender que, embora todas as músicas sejam superiores nesse álbum, Hope to be like you é simplesmente A Música, ok? Eu gosto dela de um jeitinho normal. Tão normal que literalmente fiz todo mundo da família ouvir.

Assim, meus pais meio que já escutam os k-pop por (obrigação) osmose porque eu e meu irmão escutamos muita coisa na TV. Então, querendo ou não, eles conhecem algumas músicas de k-pop, e algumas minha mãe até sabe cantarolar de tanto que a gente toca na TV, rs. Hope to be like you ganhou outros patamares porque ela me lembra algo estilo baladinha de banda de rock antigo, e eu simplesmente não conseguia descobrir o que era. Ainda não descobri, mas até hoje o assobio do começo me distrai porque me lembra Patience do Guns n' Roses, então não sei se tem algo dessa época aqui ou se é essa distração.

Então na semana que saiu o Colorful Trauma, eu puxei meus pais pra ouvir e perguntei o que lembrava. Nenhum dos dois soube dizer o que, mas eles disseram que era música lenta de banda antiga. Corta pra um domingo que resolveram fazer um almoço como todo mundo da família (os que moram perto só, enfim) aqui em casa, uns dois meses depois que o álbum saiu. Nesses almoços a gente usa o computador do meu pai pra ver algo ou ouvir música. E ai, eu toda linda, sentei na cadeira e falei "Tio, o que isso aqui te lembra?" e botei alto pra todo mundo ouvir.

Alguém descobriu o que é? Não. Mas o importante é que espalhei a palavra do Luizinho. Vocês precisavam saber disso? Também não, mas já tem tanto coisa desnecessária aqui que a esse ponto já não faz diferença.

MAS ENFIM, como ela é BOA né? Nossa. Woof. Obrigada Luizinho pela graça alcançada.

Ela é beeeem mais pop que todas as outras músicas, mas não abandona totalmente a esfera de rock alternativo. Tem guitarra acústica, sintetizador sutil e segue aquele sentimento de nostalgia. Os vocais são, novamente, tão bons de ouvir porque aqui é tão doce e quentinho e gostoso, sabe? As harmonias dão um sabor extra, ele vai lá pra cima no tom mais uma vez e os ad-libs simplesmente chief's kiss.

Ela fecha o álbum nessa atmosfera meio melancólica, meio esperançosa. Um abraço quentinho pra dizer que as coisas são ficar bem. Ela é uma música de moving on, de bola pra frente. Luizinho literalmente manda um obrigado por tudo que passamos, mas acabou. Toda vez que ele canta "I just want to say love you, goodbye" bate bem na cara. Porque às vezes a gente tem que abrir as mãos e deixar ir, né?

Deixar Hope to be like you como última música do álbum faz com que ele termine de um jeito meio agridoce, porque finais são agridoces, mas também tem aquelas pontinhas de esperança e nostalgia. Triste pelo fim, mas feliz que aconteceu.

Faz parte de toda a história de trauma? Também. Isso aqui é puramente as vozes da minha cabeça, até porque eu não linkei nada do CT com a historia que vimos em Love Me Harder e Waiting, mas eu acho que aqui é muito mais sobre o que a gente tem depois do trauma, sobre o "final" desse processo e de como continuamos a vida. Então acredito que exista algo sobre os cinco estágios do luto nesse álbum.

Cambs é porque são cinco estágios e são cinco músicas? Não, porque eu não encaixei nenhuma música além de Hope to be like you em algum estágio, então... Eu sou doida, gente, mas eu queria compartilhar essa teoria por que às vezes ela faz sentido pra mim. Hope to be like you é aceitação. I hate you tem um breve momento de "no way, please don't go" na letra que me faz pensar em Barganha ou Negação. Hijack talvez seja Raiva. Depressão acho que passa por todas. Então assim, não faço ideia, fica ai no ar.

Pra encerrar, finalmente, e fazer vocês ficarem livres de simbolismo e teoria e tudo mais, vamos falar do quão bom é menino WOODZ. O Colorful Trauma é uma junção de gêneros e ele experimenta mais uma vez, e faz tudo muito bem. E tudo fica com uma corzinha dele. É bom demais ouvir gente que sabe o que tá fazendo e experimenta do próprio jeito. O resultado foi um dos melhores álbuns do ano.

O Mundo é do Luizinho e a gente só vive nele.

Tem exatamente 3,6k nessa primeira newsletter. É sobre isso. A tendência é piorar, viu? Nos vemos na próxima :3 E STAN WOODZ.

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